26 junho 2013
14 janeiro 2013
Ontem foi meu
aniversário. Depois de certa idade é sempre uma tensão fazer aniversário. Pra
uma mulher é complexo ficar mais velha, e claro, pra mim também. Talvez eu
fique com aquela sensação estranha de que eu deveria ter feito tudo muito
diferente. Eu deveria ter levado a minha vida, e a mim mesma mais a sério, e
agora é tarde pra reagir. Sem aquelas conversinhas de que nunca é tarde, e bla,
bla, bla. É tarde!
Perdi anos em coisas
que jamais me trouxeram nada, e eu sei hoje em dia que eu poderia ter tido
tudo. A parte da loucura, e a parte da sanidade, que mudariam minha vida pra
melhor! Eu não precisava ter escolhido só uma coisa, e deixado isso me guiar.
Pra mim é uma
dificuldade colocar cada coisa no seu devido lugar! De verdade! Foco,
concentração, direção, são luxos dos quais eu não disponho desde sempre, mas
confesso que depois de uma vida de todo tipo de abusos, eu piorei muito. Hoje
em dia é uma piada a maneira como a minha mente vagueia por tudo, sem conseguir
se fixar em nada por muito tempo.
Tenho raiva de
perceber como é difícil pra mim, fazer coisas muito simples, como resolver meus
recalques pessoais, simplesmente porque eu acabo me desviando, e quando eu
consigo retornar para aquele momento da vida, o tempo simplesmente passou e eu não
fiz nada.
Eu sou a dona da minha
vida. Eu faço as coisas acontecerem pra mim. Posso mudar meu destino, só que
não. Muito do que eu quero, ou quis, deixou de ser opção pessoal, pra virar
falta de opção, porque eu não tenho força suficiente pra mudar mais nada, não
tenho pulso pra tomar as rédeas, e estou cansada de estar frustrada.
Quando é que eu vou
conseguir deixar de estar triste o tempo todo? Quando isso vai deixar de ser a
única realidade que eu conheço, pra se tornar um passado remoto, e uma lição em
forma de lembrança? Porque agora, quando eu olho pra tudo que deveria mudar em
relação ao que me cerca, e a minha atitude em relação a mim mesma, eu só sinto
que o tempo já passou, e que o esforço não vale à pena. Eu queria mesmo era me
enrolar num quarto escuro e frio abraçada com a Dolores, e esquecer todo o
resto. Ficar só ali na minha zona de conforto, sem ter que me envolver em mais
nada que seja do mundo, esperando o tempo passar, e se eu for pensar bem, é
muito triste que tudo esteja acabando assim.
Eu sorrio muito mais
hoje em dia. É uma maneira de evitar os confrontos, porque acho que cansei
bastante de explicar como as coisas têm funcionado ultimamente. Nunca nada está
bem, mas ao mesmo tempo, tudo está bem, pra que eu não tenha que explicar de
novo e de novo que eu não tenho mais força ou vontade de seguir em frente. Eu
só queria ficar em paz, esquecer. Esquecer muita coisa mesmo. Esquecer toda aquela
merda de família, e esquecer tudo o que eu já ouvi com a falta de sensibilidade
das pessoas, e tudo que é capaz de acontecer no mundo, que é uma grande
agressão pra mim! O mundo é um lugar hostil demais pra eu viver nele! Eu não
tinha que estar passando por isso, porque minhas defesas não me preparam pra
todos os golpes que eu recebo todo dia, e todo dia, e de novo, de novo, e de
novo... Eu sempre falo que sou dura, e aguento o que vier, mas não sei. Talvez
eu esteja amolecendo e cansando mais e mais.
Uma vez meu amigo
Fogueirinha me falou que eu sentia tudo o que estava no mundo. Minha
misantropia não me afasta dos sentimentos que eu tenho em relação a um mundo
que eu não consigo entender, não consigo lidar, das pessoas com quem eu não
consigo conviver e conversar. Não me protege dos golpes que eu recebo de cada
coisa que eu vejo, e de cada palavra agressiva que me dizem, mas eu continuo
sorrindo e fingindo que está tudo bem, porque eu sou forte e aguento. Mas agora
parece que não aguento tão bem.
Eu não sei o que
fazer, e não tenho onde me escorar, e de fato, sendo realista, estou cansada
dessa frustração e insatisfação eterna. Cansada da falta de opção que minha
cabeça me dá como escape de tudo o que eu não entendo, e minhas opções estão
acabando. Antes parece que existia um mundo vasto onde eu podia me esconder e
estar segura, bem aqui dentro, e era só escapar pra lá e tudo voltaria a ficar no
seu lugar, mas agora eu percebo que ter escapado tanto e tantas vezes me tirou
o foco do real, e que vida real sobrevive sem realidade?
03 agosto 2012
Tá, eu confesso, a vida ta chata.
Tirando algumas coisas que realmente fazem tudo valer à
pena, e que não devem ser ditas aqui, principalmente porque não são da conta de
ninguém, a vida está bem chata.
Tenho impossibilidades ímpares de fazer as coisas do jeito
que eu gostaria. Não sei quais são, exatamente, as minhas limitações, ou até sei,
mas não sei bem como revertê-las.
O importante é dizer que de maneira alguma encontro alguma
satisfação no que quer que seja. Meu trabalho é uma molezinha! De verdade! Sossego,
um pouco de internet, poucas responsabilidades reais. Pouquíssimas pra falar a
verdade. Um trabalho que deixaria a muitos bastante felizes, mas eu sinto uma
falta absurda da época em que dava duro mesmo! Tinha prazos, serviço além da
conta e responsabilidades até demais para o meu cargo real.
Eu sou uma Natural Born Depressed. Se não tomar muito
cuidado, me prostro e espero a morte afundada em infelicidade profunda e
tristeza sem fim. É. Desculpa. Eu sou assim. Não é minha vontade, e
infelizmente não consigo reverter o quadro. E olha que das depressivas que eu
conheço, eu sou a mais otimista. A que mais acredita que um dia tudo vai ficar
bem.
Mas não vai ficar. Eu sei, ele sabe, todos sabem. Não tem
ficado, e não tem dado mostras de que vai ficar, ou que vai mudar algo de fato.
Mais da metade da minha vida, talvez, já tenha se passado, sem que nenhuma
mudança profunda tenha ocorrido. Tá bem, eu sei!! A mudança começa em mim! Eu é
que tenho que procurar mudar!! O esforço tem que ser meu!! Bá blá blá!! Mas não
é nada disso!!! É que eu tenho feito tudo isso, e de fato muito mudou até! Eu
sei que o esforço é meu, e que eu sou quem comanda meu destino, ou quase isso,
mas o fato é que a satisfação simplesmente jamais apareceu, e eu queria, e
quero, e por favor, que ninguém encha meu saco falando sobre como as coisas
impossíveis não acontecem, ou que se eu não me mexer não vou ter nada, ou como só
G-zuis, esse coitado desse ser quase imaginário, vai me salvar se eu segui-lo.
Eu estou falando das coisas mágicas!!!! Daquelas coisas que
simplesmente acontecem e mudam tudo! Da chance súbita de uma nova realidade
incrível!!! De uma nova vida plena e cheia de satisfação que chegou do nada
simplesmente porque seria legal que todo mundo tivesse essa possibilidade
incrível de, simplesmente por obra do acaso, mudar tudo!!
Talvez nesse desejo, resida um pouco de inveja. Inveja de pessoas
que tiram satisfação da simplicidade do dia a dia, coisa que eu simplesmente
não consigo fazer.
Eu não sou uma cretina metida, eu juro, apesar de ser mesmo,
um pouco cretina às vezes. Eu não sou tão orgulhosa. Não quero tudo do bom e do
melhor no mundo, mesmo que isso me pareça mesmo uma boa idéia.
Muito ao contrário, eu queria menos eu isso tudo! Eu queria
ter carinho pelo menos, e tirar dele satisfação pra vida toda, porque mesmo não
tendo tudo, eu sei que se um dia tivesse, ainda assim eu seria aquela mesma
coisinha triste, pensativa e insatisfeita, sem muita força, afinal, depois de
tantos anos, para brigar e chegar lá em cima de novo, se é que já estive lá.
Ocasionalmente em alguma conversa, quando falo que deixei a
Wicca e as pessoas me perguntam o porquê, eu digo que “parei de acreditar”. Eu
não parei de acreditar na Wicca, na Deusa, nos panteões pagãos em si. Eu deixei
de acreditar em mim, e de querer depositar minha fé em algo mítico quando eu
sei que essa fé deveria estar toda em mim mesma, e eu simplesmente perco a
força pra lutar pelo melhor, e me conformo em viver do jeito que dá. Empurrando
com a barriga. Deixando tudo ir de qualquer jeito, porque estamos já chegando ao
final. Quase hora de fechar as portas senhoras e senhores!!! \o/
É mesmo um pouco deprimente isso tudo, eu sei. É uma pequena
amostra de como dentro da minha cabeça tudo pode ser cinza e triste, e bastante
chato e solitário.
Eu não me apego a nada tão legal nos dias de hoje. Eu deixo
pra lá o apego, porque mais cedo ou mais tarde tudo vai sumir, e a vida no
aquário volta ao normal, e ai toda essa chateação e tristeza aumenta mais um
grauzinho, e na próxima, aumenta mais um pouco, e eu quero tentar manter tudo
num nível suportável, por favor. Se melhor não vai ficar, que também não fique
pior, afinal de contas.
Algumas vezes eu me pergunto se não abro mão de algo que
realmente valha a pena nesse processo de excluir, ou deixar sempre à margem
tudo o que acontece, seja pro bem ou pro mal, se é que existe bem ou mal, mas
agora poder observar tudo de uma certa distância segura, causa algum conforto,
eu acho. Eu tenho um poder ninja muito valioso, de conseguir voltar ao chão
sempre que minha cabeça começa a flutuar demais.
Valioso mesmo!!! Acreditem!!! Que a graça da estabilidade morna
se abata sobre mim, sem os altos e baixos das minhas reações emocionais
agressivas e invasoras. Amem!
15 abril 2012
A mais de uma semana suportando dores no corpo, desânimo, febre. Não sei o que está exatamente acontecendo comigo, porque fiz mil exames e não deu nada.
Amanhã vou tentar ir no médico pra ver se descubro que merda é essa. Quando falo pras pessoas que já fiz exames, já corri atrás pra saber que porra é essa, acho que elas não acreditam muito, como se fosse um grande prazer ficar me arrastando com dores por ai...
A vida tem estado super louca. Eu quero tranquilidade. Não dá pra ter as pessoas e ainda assim ficar tranquila?
Tenho me esforçado pra me entender bem com as pessoas. Sair de casa. Ir ao parque. Não parece grande coisa, e talvez nem seja, mas pra mim já tá de bom tamanho.
O Junior reapareceu depois de 4 anos de ausência. Isso é assunto pra um post inteiro, e não me sinto animada pra escrever sobre agora.
Isso só me mostra que todo mundo no mundo tá totalmente perdido, assim como eu...
Ah, estou "me envolvendo" com uma pessoa. Uma maneira muito bizarra...
22 março 2012
11 março 2012
QUANDO EU DISSER
JPalmaJr
JPalmaJr
quando EU te disser que é, é...quando eu te olhar, não tenha olhos para o meu olhar, tema como a menina teme o pai...e me ame como teu primeiro amor, devoção que impera em teu coração...quando eu fizer cara de bravo, vá pro teu canto, que logo te chamo e te dou uma poesia novinha, para ver teus olhos sorrirem cheios de encanto...quando for, será, e nada, absolutamente nada, vai me impedir que seja...quando a firmeza estiver em minhas mãos, sinta-se parte de mim, não discuta, deixe apenas a emoção tomar conta de teu corpo...não, não te desesperes, sinta apenas, pois é pelos sentimentos que atingimos o amor maior, aquele que mistura alma e coração..quando te sentires triste, vem, pede meu colo, to darei...e te tocarei os cabelos como cordas de teu violão, mágica música de amor que em teu corpo tem prisão, e cujas notas liberto ao toque dos dedos que te fazem mulher...não, não discuta nunca, apenas seja, sentirás o prazer de ser o que teu corpo precisa, de entregar os segredos de tua alma submissa...
20 janeiro 2012
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