25 maio 2011

Well, tenho sido uma boa menina, e tenho feito todas as minhas obrigações de estudante. Ou pelo menos tentado fervorozamente. Limitações são sempre foda né? Minhas limitações me enchem muito a paciência, sem contar que eu tenho que lidar com sindromes, e pânicos, e medos e dores... Não estou tirando a responsabilidade de cima dos meus ombros. Não existe culpado por eu não conseguir alcançar algumas metas. Algumas coisas simplesmente não são pra mim, e mesmo tentando eu me sinto empacada. Creio que todo mundo passa por isso na vida material, imagine na imaterial então?
Ter de asministrar todas essas coisas as vezes me fazem mais mal do que bem.

Eu estou muito longe de tudo, e de todas as coisas. Viver num mundo a parte as vezes é muito assustador, e deixa muitas lacunas na compreensão das coisas mais simples.

Não ter pra quem perguntar, a quem recorrer é muito ruim. Está bem, está bem, eu sei o que as pessoas dizem. Existem amigos, pessoas a volta! Eu digo que não é nada disso. Nada é desse jeito. Amigos só existem enquanto eles te tem. Eles podem simplesmente sair de nossas vidas sem aviso prévio, ou por um motivo fútil a qualquer minuto da vida, e então é a solidão da partida de uma pessoa que toma conta. Minha psicóloga chamava isso de 'luto da perda'. Um belo nome pra uma dor tão bizarra.

Amigos só existem a medida em que perduram, e não existe nenhuma garantia de amizade eterna. Eu sou uma grande excluidora de amigos. Dei muito valor pra vários, mas hoje em dia são só pessoas que passam por mim, me deixam algo, vão embora. Tentam voltar em horas de necessidades próprias, e assim fui aprendendo que dificilmente me sentiria bem sabendo que existem pessoas à minha volta por puro interesse.

Apesar desse jeitinho mau, eu sou uma pessoa muito comum, extremamente emocional, e com uma carga dramática muito grande. Eu também sofro pelas pessoas. Quando elas vão embora, eu também sofro!

É irreal ser tão sozinha, e reclusa. Totalmente irreal! E claro que depois de um tempo sem aparecer, as pessoas acabam se habituando a idéia de que você, de fato, não vai mesmo dar as caras. Elas começam a esquecer nossa existência. Estou sumindo no mundo.

Ontem minha irmã me ligou depois de várias e várias semanas sem aparecer. Contei sobre a iniciação e tudo o mais, mas ela deu a mesma importância que dá a tudo que não tem a ver com sua própria vida. Nenhuma. Claro, eu não pediria esse entendimento à ela. Ela tem se tornado cada vez mais burra e aborrecida com o passar dos tempos com sua falta de princípios éticos e moral elástica, como qualquer outa pessoa, e ela é também uma das pessoas que considero enormemente descartar num futuro próximo. Se não fosse o único membro da familia remanescente... Se não houvesse o Igor. O Igor é meu único sobrinho com quem realmente me importo. Os outros são só os outros, de quem ocasionalmente gosto de estar perto ou de abraçar. Eu não sou muito ligada em laços sanguineos e familiares, e nem na graça e beleza infantis. Portanto acho que o medo de estar totalmente solta no mundo, sem vínculos com absolutamente nada, é o que me impede de finalizar tudo.

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