09 março 2006

Tô tendo de novo aqueles lapsos de memória, de não conseguir lembrar direito o que acontece ou com quem eu falo antes de dormir. Mas é normal, é normal... Pra quem toma rivotril a 2 anos até que eu ainda acerto vestir as calças e jamais calcei os sapatos antes das meias, e isso só pode ser um bom sinal!
Antes de ontem troquei várias idéias com a Krishna e com a Kananda! Acho que descobri muita coisa sobre os sentimentos de minha prima que praticamente passou a infância do meu lado. Acho tão legal elas serem mães hoje, e não só isso, serem boas mães, assim como a minha irmã. Na duvida, não tenho filhos, embora as vezes tenha vontade de enfeitar uma menininha de cabelos escuros com fivelas de caveirinhas e vestidinhos pretos, e meias listradas, e criar uma pequena Lenore....
Ainda bem que tantos tranquilisantes me impedem de cometer tamanha sandice, mas vendo todo mundo com bebezinhos do lado, meus instintos femininos maternais se agitam. Mas por poucos momentos, ainda bem!
Quando eu estava arrumando a casa depois das reformas, achei o exame de gravidez que eu fiz num sabado longinquo la no Saemja. Pra que raios eu guardei um exame de gravidez negativo, eu não sei. Acho que eu queria muito a pequena Lenore na época rs*
Nada mal pra quem não gostava de crianças!!


Não sei se eu disse que a umas noites atras dei de cara com um ratinho em cima da pia. Bonitinho!!! Pêlo cinza e olhinhos esbugalhados brilhantes. Até antevi a cabecinha dele rachada pelo bico do meu coturno... rs*
Poutz, sem zuação, fiquei encanada com o rato. Nossos olhares não foram o suficiente pra que rolasse um clima, e isso só pode significar uma coisa. Morte ao rato!!!! Eu não sou nenhum infante Michael Jackson pra fazer amizade com um ratinho fofinho e lotado de leptospirose que tem toda a pinta de que vai se transformar na maior ratazana que o Jardim Olimpia já viu nos ultimos anos. E tudo isso as custas das minhas meias listradas e dos restos de comida, ou seja lá do que eles se alimentam.
O que incomoda ainda mais que a presença do sacaninha do rato, é o fato de que a Dolores e a Branquinha não façam nada!!! Existe outro ser morando conosco e elas nem percebem!!!! Talvez, quando o rato estiver forte e adulto ele é que vá colocar elas pra fora, isso se não colocar a mim também!!! É deprimente....




Na terça-feira eu sai com a Rubizzz depois do trabalho. Na verdade eu fui camelando até o dentista dela, por descidas sinistras em ladeirinhas estranhas...
Acho que eu nunca falei do pânico que eu tenho de descer de ladeiras. Quem não me conhece não faz idéia do estrago que eu posso fazer em mim mesma numa ladeira que eu tenho certeza absoluta, é preparada para derrubar os incautos de pouco equilibrio que nem eu! E lá fui eu com meus passos miudinhos de gueixa louca tentando chegar lá viva, sem ossos quebrados e com todos os dentes no lugar.
Depois de encontrar ela lá fomos na rodoviaria tomar um suco de caju e comer um croquets. Ficamos algumas horas conversando sobre tudo e sobre todos, só por conversar. Acho que só pra ficarmos ali juntas de bobeira, dando gargalhada que nem duas retardadas, como sempre... rs* Eu gosto d trocar ideia com ela, só pra relaxar, pra rir. Só pra estar junto com ela.
Falamos sobre o Juninho e a Lucélia, e de repente ela soltou um: "É... Perdemos mais um amigo..."
Eu nunca tinha pensado sobre esse ângulo. Será que a gente perdeu o Juninho?
Namorar é tão chato... Chato poruqe sempre tem aquela separação, porque entra na história uma pessoa que ocupa o lugar de um monte de gente... Temos que pedir desculpas por isso. Eu e a Rubiz somos amigas ciumentissimas... rs*
A Ru tem um certo trauma de gente que se vai, desde a época da Simone. Eu e ela temos muito em comum, olhando por esse lado das separações, dessa coisa de ficar enquanto as pessoas vão embora, e nunca nunca mais ficar igual depois que alguém deixa nosso convivio. E nem adianta dizer que quem vive de passado é museu! A gente é assim... Fazer o que?
Eu não queria que as coisas mudassemt anto. Queria que tudo ficasse como era quando eu tinha uns... 18 ou 19 anos. Tá, eu sou uma saudosista. Acho que é porque olhando pra tras, vejo como tudo poderia ter sido diferente.
Mas a gente não pode segurar o tempo nas mãos e as coisas vem e passam.
Quando eu acho que alguma coisa pode me fazer muito feliz, eu tenho um medo claro na cabeça. Um dia aquilo tudo também vai passar, e deixar quem fica pra tras com aquela sensação de que poderia ter duradomais tempo. A gente, de alguma maneira, poderia ter feito alguma coisa pra ser melhor, pra ser tão bom, que nem o tempo ia querer passar. Tão bom, que ninguem ia querer ir embora.
Mas não é assim... Tudo o que tem que passar acaba passando mesmo, e quem tem que ficar, fica, mas nada, nunca nunca, é como antes.
A gente não controla o tempo. Alias, a gente não controla nada. Eu sou a Josephine do livro, que quer a familia junta pra sempre, os amigos dolado, e que ninguem case, ninguem vá embora e nada nunca mude! rs*
Mas quando muda, como no caso do Junior e da Lucelia, a gente fica feliz... rs* Dá pra entender?

Nenhum comentário: