No dia 31 de Março a Rubiz foi embora de Jaú, pra morar em outra cidade com a namoradinha dela. Fiquei feliz de verdade pela mera tentativa de tentar melhorar a vida. De se animar na tentativa de fazer as coisas seguirem de maneira diferente.
Entretanto...
Fiquei imensamente triste. A Rubiz é a coisa mais próximo de uma família que eu tenho, por diversas razões. Por tudo o que passamos juntas, e pelo companheirismo de todos esses mais de 10 anos juntas. Sem contar que eu realmente gosto dela, independente dela ser uma vacilona ocasional...
Na quinta-feira, dia em que ela viajou, eu surtei e chorei por umas 3 horas seguidas me sentindo miseravelmente só. Tive sorte da atenção dispensada pelo mestre Khamus, e azar por ter que ouvir várias outras pessoas 'sensíveis' demais me falando idiotices e fingindo que entendem perfeitamente a situação. Eu não quero que ninguem resolva meus problemas. Ocasionalmente eu só preciso mesmo é de atenção, e um pouco de carinho.
Eu não gosto de Jaú. Mas por outro lado, não gosto também de nenhum outro lugar. Eu não tenho amigos aqui, mas também não tenho em nenhum outro lugar. Eu não tenho família aqui, mas também não tenho em nenhum outro lugar. Ou seja, não faz nenhuma diferença o lugar onde eu estou, ou vou passar o resto da vida. O lar do homem é onde seu coração está, ou algo do tipo.
Conversando, me descabelando e chorando nesse dia em que a Rubiz saiu fora, fiquei tentando descobrir algo que pudesse preencher um certo hiato na minha vida. Alguma coisa que me faça sentir parte do mundo, ou parte de algo pelo menos, e a única responsta possível é: drogas!
Drogas foram uma boa muleta a maior parte da minha vida, e sem duvida, algo que eu conheço bastante bem, e agora me pergunto porque diabos mesmo eu parei de usar? Todo mundo sempre fala no quanto eu sou especial, e vitoriosa, e bla bla bla... Que grande idiotice! Que vitoria oque? Eu fui parar no hospital! Foi por isso que eu parei. Não foi deus, nem esforço. Foi medo! Provavelmente meu corpo avisando que se eu não me desse uma trégua não ia durar muito mais. E agora que eu já parei de usar a uns bons... 8 anos talvez, me questiono a puta falta que usar drogas sempre me fez...
A vida é um pé no saco sem drogas. Eu vi os dois lados da moeda. Eu sei bem o que estou falando. Sempre me questiono isso, sabe? Eu deveria mesmo ter parado? Eu poderia voltar? Existe mesmo um real motivo pra eu parar de vez? Eu deveria tentar voltar a usar?
Eu sou compulsiva sabe... Eu não tenho um mecanismo bom pra parar. Se eu começo, só um milagre pra me fazer parar, e talvez por isso as pessoas achem que eu consegui chegar onde poucas pessoas conseguiram e tudo o mais.
Mas a verdade por tras de tudo isso é que talvez tudo fizesse mais sentido antes, quando eu era um trem desgovernado, sem parada. Eu sempre vou poder voltar a usar. Não existe o fim do vício. Existe uma tentativa de controle, que perdura pelo resto da vida, por isso, a possibilidade de voltar é muito real.
No dia em que os motivos pra voltar fizerem mais sentidos do que os que me fizeram parar, talvez eu volte. Ultimamente nem sei dizer pra que lado eu estou pendendo.
Entretanto...
Fiquei imensamente triste. A Rubiz é a coisa mais próximo de uma família que eu tenho, por diversas razões. Por tudo o que passamos juntas, e pelo companheirismo de todos esses mais de 10 anos juntas. Sem contar que eu realmente gosto dela, independente dela ser uma vacilona ocasional...
Na quinta-feira, dia em que ela viajou, eu surtei e chorei por umas 3 horas seguidas me sentindo miseravelmente só. Tive sorte da atenção dispensada pelo mestre Khamus, e azar por ter que ouvir várias outras pessoas 'sensíveis' demais me falando idiotices e fingindo que entendem perfeitamente a situação. Eu não quero que ninguem resolva meus problemas. Ocasionalmente eu só preciso mesmo é de atenção, e um pouco de carinho.
Eu não gosto de Jaú. Mas por outro lado, não gosto também de nenhum outro lugar. Eu não tenho amigos aqui, mas também não tenho em nenhum outro lugar. Eu não tenho família aqui, mas também não tenho em nenhum outro lugar. Ou seja, não faz nenhuma diferença o lugar onde eu estou, ou vou passar o resto da vida. O lar do homem é onde seu coração está, ou algo do tipo.
Conversando, me descabelando e chorando nesse dia em que a Rubiz saiu fora, fiquei tentando descobrir algo que pudesse preencher um certo hiato na minha vida. Alguma coisa que me faça sentir parte do mundo, ou parte de algo pelo menos, e a única responsta possível é: drogas!
Drogas foram uma boa muleta a maior parte da minha vida, e sem duvida, algo que eu conheço bastante bem, e agora me pergunto porque diabos mesmo eu parei de usar? Todo mundo sempre fala no quanto eu sou especial, e vitoriosa, e bla bla bla... Que grande idiotice! Que vitoria oque? Eu fui parar no hospital! Foi por isso que eu parei. Não foi deus, nem esforço. Foi medo! Provavelmente meu corpo avisando que se eu não me desse uma trégua não ia durar muito mais. E agora que eu já parei de usar a uns bons... 8 anos talvez, me questiono a puta falta que usar drogas sempre me fez...
A vida é um pé no saco sem drogas. Eu vi os dois lados da moeda. Eu sei bem o que estou falando. Sempre me questiono isso, sabe? Eu deveria mesmo ter parado? Eu poderia voltar? Existe mesmo um real motivo pra eu parar de vez? Eu deveria tentar voltar a usar?
Eu sou compulsiva sabe... Eu não tenho um mecanismo bom pra parar. Se eu começo, só um milagre pra me fazer parar, e talvez por isso as pessoas achem que eu consegui chegar onde poucas pessoas conseguiram e tudo o mais.
Mas a verdade por tras de tudo isso é que talvez tudo fizesse mais sentido antes, quando eu era um trem desgovernado, sem parada. Eu sempre vou poder voltar a usar. Não existe o fim do vício. Existe uma tentativa de controle, que perdura pelo resto da vida, por isso, a possibilidade de voltar é muito real.
No dia em que os motivos pra voltar fizerem mais sentidos do que os que me fizeram parar, talvez eu volte. Ultimamente nem sei dizer pra que lado eu estou pendendo.
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