31 dezembro 2011
29 dezembro 2011
26 dezembro 2011
21 dezembro 2011
18 dezembro 2011
Estou cansada de explicar que não é nenhuma característica delas que de fato me incomoda. Que o problema, nesse caso, é comigo mesma. Pessoas são assim né? Egocêntricas por natureza. Acham que tudo no mundo é com elas! Aff! Me cansa isso um pouco. Ter que ficar explicando, explicando, explicando o tempo todo.
Pior é explicar, e as pessoas fazerem questão de não entender!!! Caramba! Eu não tô falando em aramaico!!! Não tô falando iidiche!! Qual que é a dificuldade de entender que eu tenho receio de estar com as pessoas, e que esse stress, de estar perto delas me faz muito mal??? É só isso mesmo! Não tem motivos escusos!!! Não tem nada de pessoal nisso. Aliás, algumas vezes tem sim. Não dá pra gostar de todo mundo também né? Mas na maioria dos casos, só de pensar no stress, já me sinto estressada!!!
Quem nunca teve um ataque de ansiedade ou de pânico na vida, por favor, não venha tentar me julgar, ou me encher o saco! Eu sei exatamente pelo que passo em momentos de stress, e pior, muito pior, sei o que eu passo depois.
E ai? Quem é que vai ficar aqui aturando junto comigo? Quem é que vai segurar minha mão de noite pra eu não me desesperar? É fácil falar que eu sou assim ou assado, mas quero ver nego vir aqui viver o que eu vivo lutndo com essas merdas na minha cabeça todo dia!!
Em um ponto eu não sou diferente de ninguem. Eu só quero ficar bem, e sentir uma relativa felicidade, se for possível. Porque eu sabotaria a mim mesma, se isso fosse possível o tempo todo? Engraçado é que depois a egoista sou eu! Ninguem pensa em mim nessas horas, pensa só no seu próprio rabo, mas se eu penso só na minha necessidade, ai eu não valho nada.
Acho que a Shantall tem razão. Eu sou boazinha demais com certas pessoas.
15 dezembro 2011
Eu não gosto de ter que encontrar com as pessoas daquela época. Não gosto muito de saber deles. Queria mesmo poder esquecer.
Conversamos sobre como nossa infância nos afetou de modo irremediável, nos transformando no que somos hoje. O Arnaldo me conheceu quase na infância. 14 anos? Isso seria infância? Sabe o mais incrível? Descobrir que as pessoas tem tanto medo quanto eu. O tempo todo me sentindo anormal pelo meu medo, e descubro que na verdade a gente foi largado muito novo, pra lá, pra não ter medo. Com muita mágoa relembramos de coisas que aconteceram, e nos perguntamos porque tudo foi daquele jeito, e nos demos conta de que deveríamos mesmo ter nos encontrado, ele, a Carmen e eu, pra vivermos numa época doida e triste, porque nós éramos sozinhos e tristes, deixados de lado, e tentando sobreviver àquelas famílias e mães que me parece, queriam se livrar de nós, mas não apenas de nossa presença, elas queriam dobrar nosso espírito... Um pouco dramático? Talvez. Mas nunca é dramático demais pra quem vive a situação, ainda mais como nós, que simplesmente não tínhamos forças ou defesas pra lutar contra aquilo tudo. E agora me pergunto porque exatamente tivemos que passar por aquilo tudo mesmo? Pra provar o que mesmo? Pra nos prepararmos pra esse agora? Pra esse presente que nos tira todo dia alguma coisa, e que vai minando nossa capacidade de acreditar que de fato nós fomos preparados pra algo, ou uma missão, ou algum propósito, porque sem propósito, tudo fica simplesmente insuportável!!!! É só isso? É pra isso que nós nos agarramos desse jeito as nossas esperanças de que as coisas iam mudar, e melhorar, e sorrir pra gente?
A gente era tão tão triste.... A gente era tão tão perdido... Porque a gente teve que sobreviver aquilo tudo e a custa de que??? Eu lembro das tardes intermináveis com a Carmen, que já foi a pessoa que eu mais amei no mundo numa certa época, numa amizade inimaginável pra duas pessoas tão sozinhas quanto nós. E a vida se encarregou de nos tirar da rota e nos separar até virarmos tão estranhas. Lembro dos momentos com o Arnaldo, das conversas, e das tentativas de filosofia incompreensível, porque a gente tinha tanto o que entender.... A gente tinha tanto que fazer alguma diferença, nem que fosse um para o outro, e meu Deus, ele fez mesmo diferença, não fez? Numa época em que era tudo ou nada, e a gente precisava ter uma mão pra segurar nos longos momentos de tristeza, de solidão. De tentar entender. A gente fez diferença não fez???? Fizemos, não fizemos??? Depois de tanto tempo, eu, eu pelo menos, pelo menos eu tenho que acreditar que fiz alguma diferença, e meu Deus, eu era tão, tão triste!!! Eu queria tanto alguma coisa que fizesse diferença pra mim!!!!
Eu acho que devia perguntar para o Arnaldo se eu fiz diferença pra ele, algum dia que fosse, que o tivesse resgatado um pouco daquilo tudo!!!!
Eu não quero ter medo... Nunca! Nunca quero ter medo... Nunca!!! Eu juro! Mas como se livrar, se eu já passei tanto tempo parada, assustada. Eu faço mal pra mim não é mesmo? Se eu as vezes acerto alguem, na maioria das vezes não é intencional. Nem sempre se pode controlar tudo... O maior mal, de todos, de todos os que eu causo, são pra mim mesma...
Se eu conseguisse forças agora, eu gostaria de lutar contra anos e anos de pensamentos, e idéias, e lembranças de tudo aquilo que acontecia dentro daquelas paredes, e que a gente aguentava sozinho, no canto, calado e com medo. Se eu tivesse alguma coragem, iria confrontar anos e anos de coisas erradas herdadas das coisas erradas que fizeram pra mim, e tentar nesse resto de tempo acertar tudo, fazer tudo certo daqui pra frente e perdoar quem ficou pra trás, me perdoar, perdoar o mundo e acabar com tanto tempo de medo e mágoa. Solidão e insegurança. Mas agora não tem mais Carmen e Arnaldo pra segurar minha mão e me puxar, e eu puxar também. Não tem mais ninguem me flagelando e me empurrando de qualquer maneira pra frente.
12 dezembro 2011
Estou colocando o útero pra fora, e essas épocas são sempre um desgosto! Ser mulher é complicado demais! De verdade! Tenho raiva de homens que não conseguem entender as reviravoltas hormonais que nosso gênero enfrenta. Ninguem quer menstruar, sentir cólica e ainda por cima se comportar como uma psicótica, bipolar maníaca!!! Ninguem quer mesmo!!!!
O que será que devemos esperar que as pessoas esperem de nós??? Cada dia fico mais confusa sobre como devo lidar com o mundo. Algumas pessoas entendem que o ser humano é o ápice da criação de Deus, mas fala sério!!! É tão complicado... Eu sou complicada demais, com certeza!
Aos poucos estou voltando a querer sair pro mundo. Não sempre, mas em certas ocasiões. Quero ter mais contato, fazer mais coisas. Mas é um processo lento, e as vezes as pessoas querem me fazer correr. Eu não quero ter pressa. É a alegoria do quarto! Aqui dentro quem sabe o que está acontecendo sou eu!
Embora as vezes eu tenha sonhos de que tudo se resolve do dia pra noite, de uma hora pra outra, na verdade não sinto vontade de dar um passo maior que as minha pernas. Eu preciso de tempo pra ir me reacostumando a tudo o que eu me desacostumei, e se demorar a vida toda, não posso fazer nada. No final das contas, todo mundo já sabe, aqui dentro quem enfrenta um leão por dia pra continuar estável, sou eu.
Subitamente, as vezes, me vejo pensando em como vai ser bom quando eu já estiver pronta pro mundo, e tenho vontade de que tudo aconteça mais rápido, e então, eu me retraio de novo. Não é a hora ainda.
Eu sou covarde? Pode ser! Mas já tive muita coragem ao longo da vida pra me livrar dos meus demônios, enfrentá-los, expulsá-los e sair viva, querer continuar vivendo. Não existe porque jogar fora a pouca estabilidade que consegui.
O mundo nunca valeu a pena, e eu acho que continua não valendo.
É difícil pra mim me comunicar com as pessoas e fazê-la entender isso. Ou dizer até pra não desistirem de mim, porque uma hora as coisas vão acontecer. Ninguém vai esperar, porque não é assim que ninguem deve se comportar. Mas ainda que todo mundo desista, eu não desisto. Não tenho desistido nunca, e não pretendo desistir daqui pra frente. Mas sim, as coisas vão acontecer no meu tempo...
03 dezembro 2011
20 novembro 2011
As convenções sociais são um saco!!! É muito chato perceber que, no caso de você ter a intenção de fazer simplesmente o que quer, pode ser julgado como estranho e despadronizado. Estigmatizado por seguir suas vontades.
Eu não costumo me dar muito bem com o convencional, a não ser que seja necessário, ou me traga algum sentimento bom, que me faça bem de alguma maneira. Nesse caso, sim, posso suportar o comum por algum tempo, antes que de fato comece a me incomodar.
Conheci várias pessoas que considerei fora do padrão, e me interessei por elas, não a nível romantico, ou sentimental, ou sei lá o que. Me interessei em conhecer seus pensamentos e vidas, e a maneira como lidam com essa falta da "normalidade social" que todo o resto espera de todos nós. Infelizmente, até mesmo a maioria dessas pessoas tem desejos convencionais demais. São só pessoas normais tentando conhecer algo diferente, mas no fundo, tem aqueles desejos enfadonhos que todos tem. São gado apenas. Aliás, tenho ouvido muito essa palavra ultimamente. Essa comparação do homem comum com o gado. Talvez pela espera sem reação em que vivem.
Talvez por seu comportamento extremamente destruidor, o potencial humano para conhecer todas as coisas, sair dessa linha reta que traçam para nós quando nascemos, experimentar todas as coisas seja tão grande, e ao mesmo tempo tão pouco buscado.
É possível simplesmente sair das convenções sociais, e fazer exatamente o que se quer, ou não fazer o que não se tem vontade. Me senti mais forte quando percebi que poderia arcar com minha própria vida sozinha, sem perguntar nada a ninguem. Sem atingir ninguem e tentando não ser atingida. Não pretendo mudar isso só pra atingir as metas que as pessoas pensam que são importantes, ou imprescindíveis.
19 novembro 2011
É doloroso deixar coisas pra trás, porém uma vez que elsa são colocadas de lado, novidades aparecem, e uma coisa sempre se conecta a outra.
Claro que em algum ponto, algo mais surpreendente ainda vai acontecer, para não me deixar muito tempo lamentando o que perdi, ou abandonei... ;)
05 novembro 2011
Além disso, tenho feito paperkraft! Aliás, poderia dizer até que estou levemente viciada em paperkraft, e aceitando desafios, como peças que demoram dias pra ficarem prontas! Nada mal pra quem tem zero de atenção como eu! ^^
Aliás, a falta de atenção sempre será um problema pra mim, e como não me sinto vivendo mais 20 anos, talvez eu morra desse mesmo jeito, sem prestar atenção em nada. Será que isso é ruim???
Abandonei sumariamente meus estudos. É... Não vou dizer que estou orgulhosa. Aliás, me sinto meio perdida, sem compromisso, sem saber onde procurar alguma coisa que faça algum sentido. Muito dramático, mas bastante real. Como minha memória imediata não existe e minha atenção é irreal, eu logo esqueço que estou na verdade, numa busca, e a ignorância é sempre reconfortante.
Tenho tentado ler mais esses dias, e assistir mais coisas, e jogar mais jogos, e blá, blá, blá. Essas coisas que enchem o tempo e fazem com que a vida fique mais leve. Não tem nada de errado nisso né?????
29 outubro 2011
Enquanto ouvia os podcasts, montava um paperkraft dificílimo. Um dragão chinês, que no final das contas, ficou foda!!! Sinceramente!!! Tem coisa mais nerd que escutar podcasts sobre Star Trek, Battlestar Galactica, Paulo Coelho, enquanto monta paperkraft???
Senti saudade de conversar, dar risada. Senti saudade da "minha galera". Mas isso faz muito tempo. Hoje conversar sobre filosofia alienigena, só em pensamento... rs
Olha meu dragão chinês ai embaixo! Tô ficando boa nisso cara!!! ^^
15 outubro 2011
Foi lá na Chácara do Pedrinho, e foi bem legal. Eu não costumo me entusiasmar tanto com festas, mas essa aconteceria de dia, e eu poderia voltar correndo caso algo desse errado. Combinei comigo mesma que iria de qualquer jeito, nem que fosse pra chegar lá e voltar, e lá fui eu!!!
O espaço foi bom, porque a chácara é um lugar legal e dentro da cidade. Estava bastante cheio, o que de início me deixou um pouco nervosa, mas logo já achei um monte de pessoas conhecidas!! Isso é mesmo uma coisa incrivel! Mesmo que eu raramente saia de casa, ainda conheço um monte de gente!!! No espaço de meia hora consegui beber o suficiente pra ficar bastante bêbada, pro meu nível atual de tolerância alcoolica, que é bem baixo, e acho que isso ajudou bastante a tornar a noite agradável e suportável! Teve doação de brinquedos pras crianças carentes, e um monte de crianças lá, o que foi bem surpreendente, porque eu achei que ia ser uma balada mais junkie. Algums bandas tocaram desde cedo.
No final de tudo, mais doida que o bozo, ainda consegui carona e uma pantera cor de rosa da caixa de doações!!! \o/
Olha ela ai... Coitada, tava pior que eu! =^^=
14 outubro 2011
06 outubro 2011
O SARCÓFAGO
(Augusto dos Anjos)
Senhor da alta hermenêutica do Fado
Perlustro o atrium da Morte... É frio o ambiente
E a chuva corta inexoravelmente
O dorso de um sarcófago molhado!
Ah! Ninguém ouve o soluçante brado
De dor profunda, acérrima e latente,
Que o sarcófago, ereto e imóvel, sente
Em sua própria sombra sepultado!
Dói-lhe (quem sabe?!) essa grandeza horrível,
Que em toda a sua máscara se expande,
À humana comoção impondo-a, inteira...
Dói-lhe, em suma, perante o Incognoscível,
Essa fatalidade de ser grande
Para guardar unicamente poeira!
29 setembro 2011
O MEDO
por Francisco Marengo
Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei.
O medo é o sentimento mais comum na psique humana. Como todos os obstáculos físicos podem ser (teoricamente) superados, o maior medo do homem obviamente repousa na morte. Então por absoluto medo ou pavor desse desconhecido estado, o homem prefere não falar no assunto, ou dizer, que simplesmente não acredita na vida após a morte, considerando-a como um eterno repousar. Outras vezes buscam conforto para seus medos nas religiões dogmatizadas, impregnando sua mente com falsos conceitos, que absolutamente em nada vão lhe ajudar em seu momento derradeiro de transição. Não compreendem que a vida física por mais palpável que se possa parecer é ilusória e simplesmente constitui num reflexo da realidade eterna.
Quando estudamos a filosofia Esotérica nos deparamos que em determinado momento, necessitamos morrer para ressurgir, como a alegoria da Fênix que renasce de suas cinzas. Assim foi com Jesus cuja vida ficou enigmática quando ele completou doze anos só reaparecendo com trinta, Buda que permaneceu muito tempo no deserto, Moisés que sumiu numa cova. Todos têm em comum o fato de após terem desaparecido voltarem com suas boas novas. Especialmente Jesus que teria enfrentado nesse período toda a fúria de seus demônios interiores.
Ao dogmatizar sua mente o homem tolhe sua Verdadeira Liberdade, e passa a viver em função de um Deus temeroso, vingativo, punitivo e cruel, vivendo mais como um autômato induzido, que não compreende que ao dogmatizar-se limita o aprendizado e o aspecto evolutivo do seu espírito. Na Ciência Esotérica então este morrer para ressurgir, também chamado de “noite escura da alma”, onde adepto mergulha de cabeça no abismo de seu subconsciente e enfrenta diretamente todos os seus medos, todos os seus conflitos interiores, todos os seus demônios, todos os seus temores, aprendendo a conhecer que a verdadeira essência do ser constitui-se na vida eterna e não na morte estática e serena, assim o adepto passa a conhecer intimamente o dia de sua transição, e isto já não o amedronta, pois sua Liberdade é totalmente guiada pelo Poder de sua Verdadeira Vontade.
Amigos, todos nós somos vulneráveis. Para aprender a aplicar o conhecimento faz-se necessário buscar um caminho ou uma forma de autodesenvolvimento. Existem muitos caminhos, o meu satisfaz a mim, a minha verdade e daqueles que me acompanham, porém não é o único e nem talvez seja o melhor caminho, haja visto, haverem múltiplos caminhos e múltiplas escolhas. A busca é pessoal, as experiências que tiver de passar na vida são pessoais, pois são estas que lhe fornecerão as chaves que transmutam o conhecimento interior em sabedoria.
Devemos cuidar para que o medo não se torne uma neurose em nossas vidas. Um sábio disse: "Na natureza nada se perde, pois tudo se transforma." Isto é um fato. O físico fatalmente, cedo ou tarde, será privado de ação. Porém como nada se perde, toda riqueza mental e espiritual, jamais será perdida. Toda individualidade continua, a essência é eterna. Todos os adeptos dos mistérios podem regozijar-se ao dizer "Eu conheço o dia de minha morte!", ou ainda questionar-se sobre "qual a próxima aventura que o destino me reserva?" Pensar assim, satisfaz o espírito ante qualquer temor, pois o movimento universal é constante e as fatalidades da vida são meras lições ante a essa escola primária que é a Terra. O maior "medo" que as pessoas deveriam sentir é de não realizarem os seus Dharmas ou Missão de Vida, de não realizarem o sacrifício ou Sacro Ofício, de não terem coragem de sair de suas "zonas de conforto" para realizarem as suas Verdadeiras Vontades e não se acomodar. Isso significa que a batalha é continua na luta para quem está tentando ser um Mago. O indivíduo é derrotado quando não tenta mais e se abandona.
Quando o aspirante começa a aprender, ele nunca sabe muito claramente quais são seus objetivos. Seu propósito é falho; sua intenção, vaga. Espera recompensas que nunca se materializarão, pois não conhece nada das dificuldades da aprendizagem. Devagar ele começa a aprender... a princípio, pouco a pouco, e depois em porções grandes. E logo seus pensamentos entram em choque. O que aprende nunca é o que ele imaginava, de modo que começa a ter medo. Aprender nunca é o que se espera. Cada passo da aprendizagem é uma nova tarefa, e o medo que o homem sente começa a crescer impiedosamente, sem ceder. Seu propósito torna-se uma batalha. E assim ele depara com o primeiro de seus inimigos naturais: o medo! Um inimigo terrível, traiçoeiro, e difícil de vencer. Permanece oculto em todas as voltas do caminho, rondando a espera de suas falhas. E se o ele, apavorado com sua presença, foge, o medo, seu inimigo, terá posto um fim à sua busca. O que acontece com o aspirante se ele fugir com medo? Nada acontece a não ser que ele nunca aprenderá. Nunca se tornará um sábio. Talvez se torne um déspota, ou um pobre homem apavorado e inofensivo; de qualquer forma, será alguém vencido na vida. Seu primeiro e mais cruel inimigo terá posto fim a seus desejos.
E o que pode ele fazer para vencer o medo? A resposta é muito simples. Não deve fugir. Deve desafiar o medo, e, a despeito dele, deve dar o passo seguinte na aprendizagem, e o seguinte, e o seguinte, "step by step". Deve ter medo, pois é natural, e no entanto não deve parar. É esta a regra! E o momento chegará em que seu primeiro inimigo recuará. Aí nesse momento começará a sentir seguro de si. Seus propósitos tornar-se-ão mais fortes. Aprender não será absolutamente mais uma tarefa aterradora. E, quando chegar esse momento feliz, o aspirante pode dizer sem hesitar que derrotou seu primeiro inimigo natural.
Se o aspirante ceder ao medo, nunca o vencerá, porque se desviará da busca pelo conhecimento sagrado e nunca mais tentará buscar o caminho novamente. Mas se procurar aprender por anos junto com seu medo, acabará dominando-o, porque nunca se entregou realmente a ele.
A sabedoria adquirida não é unicamente utilizada para unicamente para objetivos pessoais, um dom na verdade nunca é só seu. Portanto, o Mago deve ter autocontrole em todas as ocasiões, tratando de tudo com zelo e lealdade, principalmente sendo fiel a tudo o que aprendeu. Se
conseguir a viver com a clareza, verá que o poder, sem controle, é pior do que quaisquer outros erros. Então, saberá quando e como usar seu Poder.
E assim terá derrotado seu pior inimigo. Tornar-se Sábio , e saberá encontrar-se com a velhice com toda dignidade!
No momento em que o Mago não tiver mais receios,
impaciências, terá toda a clareza de espírito... E este será um momento em que todo seu poder estará controlado. Sacudirá sua fadiga e viverá seu destino com plenitude, então poderá ser chamado de Sábio. Quando a vida nos proporciona coisas boas, gostaríamos que aquilo continuasse eternamente assim por tempo indefinido, no entanto, constatamos que as coisas não são assim. Daí eu pergunto, porque não explorarmos uma idéia de permanência na sua totalidade? Ora, tal pensamento por si só nos liberta do medo.
Agora falemos da morte, para falar deste assunto eu pediria que ao menos momentaneamente abandonem conceitos pré-estabelecidos, doutrinas e crenças a respeito disto, pois são idéias geradas pelo fato de termos certeza que um dia iremos morrer. Se deixarmos também, temporariamente o nosso medo de lado, poderemos agora nos defrontar com o problema. E, neste ponto eu diria que não interessa a vida do pós morte porquanto que seja um fato real. Então existe um caminho a ser percorrido para compreendermos o que é a morte e não o que existe depois dela. Daí a diferença se perguntamos o que vem depois, é porque não procuramos saber o que ela é. Mas, dou um parênteses para perguntar o que é a vida, a despeito de nossas noções e teorias sobre ela. Será que conhecemos realmente a vida, se nos deparamos insistentemente em nos debater sem cessar ante toda espécie de conflitos interiores e exteriores que constantemente nos afligem? Estamos inteiramente absorvidos num vazio interior, que jamais é preenchido pelo acúmulo de bens materiais. Dentro deste fato, o problema do que é a morte não pode ser colocado, se nem sequer conseguimos compreender inteiramente o que significa viver. As projeções de idéias, tais como reencarnação, etc., apesar de serem verdades internas diz respeito a este nosso fragmento de existência psicológica que denominamos vida. Morrer ante a esta estrutura psicológica que nos identifica morrer a cada instante, a cada dia, a cada ação que praticamos; morrer, morrer afinal o que é morrer? Uma vez que não se discuta aspectos como a morte física, somente aqueles que sabem lidar com a morte há todos os instantes, conseguem evitar o impossível questionamento interior, pois nesta morte permanente está o permanente nascimento, de uma essência vital que não pertence a este mundo. Morrer é criar, e criar é amor.
Amor é a lei, amor sob vontade.
16 setembro 2011
14 setembro 2011
13 setembro 2011
Faz mais de um ano que venho estudando, ainda que meio capotando pelo caminho, mas fico feliz de pelo menos estar tentando... Creio que muitas coisas vão mudar agora. E pensando bem, a um tempo atrás eu falei pro frater Khamus que o que eu precisasse pra seguir um caminho específico que me surgiu, apareceria magicamente, e apareceu mesmo, ontem! \o/
E eu só me toquei hoje quando revirei as coisas e achei meus xerox da Dion e o Domínio da Vida da AMORC.
Eu tenho um pouco de medo as vezes das novidades, mas eu não me culpo por isso. Algumas coisas são muito complexas pra mim. Isso pode ser encarado como fraqueza, talvez, mas acho que é mais como uma característica minha. Eu não posso me jogar pra frente de qualquer jeito, se esse não é o meu jeito. Mas tenho tentado de verdade mais uma vez mudar as coisas, melhorar na medida do possível, ter muita paciência, e seguir em frente com o que eu acredito que seja o melhor pra mim. Não é nada fácil, mesmo!
Bem, independente de qualquer coisa, acho que uma nova luz se acendeu, em um lugar que de fato precisava ser iluminado. Eu deveria reavaliar minhas conexões, e pra onde miro minha dedicação, pois talvez muitas coisas estejam acontecendo de maneira errada. Mas dessa vez, não um errado pro mal, mas um errado mais construtivo, que resgate certas coisas que talvez eu tenha deixado pra trás, e mostre o caminho a seguir.
Independente de qualquer coisa, tento ter mais confiança. Em mim, na minha capacidade, no que eu acredito, e principalmente nas pessoas. Poucas pessoas, é verdade. Mas é difícil heim!!! Não vou nunca poder deixar de admirar as pessoas confiantes nesse mundo! ^^
12 setembro 2011
De manhã fui lá no CAPS. Fiz uma espécie de triagem, porque fazia muito tempo que eu não ia lá. Dei de cara com umas pessoas conhecidas, mas fingi que nem conhecia, e fiquei meio no canto lendo. Uma das pessoas que eu vi lá foi o cara que me deu a Dolores! Será que ele tem problemas com alcool ou drogas??? Fiquei curiosa. Ele se casou com uma mina que estudou inglês comigo a muito tempo atrás. O Eloi também tava lá, mas como ele é meio cego, acho que nem me reconheceu. Um cara tentou puxar conversa comigo, mas eu fingi que nem percebi. Detesto as conversas do CAPS. Sou uma versão nóia das conversas de hospital. Sempre drogas, drogas...
Enfim! Acabei me consultando com a Andréia. Ela não me inspira muita segurança pra falar a verdade, mas como eu preciso de uma psicóloga, e ela é o que tem, então tudo bem. Sempre tenho que falar sobre minha fobia social, o desgosto que é conversar com as pessoas e tals, e como sempre, ela me disse que eu preciso começar a criar vínculos com as pessoas. Muito chato...
Marquei consulta com ela e com o psiquiatra, e pelo menos isso já está encaminhado.
Fui resolver meus problemas na prefeitura, depois fui no banco... Fiz várias coisas. Almocei com a Dalila. Comprei esmalte e perfume! \o/
Esse post foi bem sem graça... ¬¬
08 setembro 2011
07 setembro 2011
Entretanto, a algum tempo atrás, eu estava conversando com alguem, e talvez fosse a Claúdia, e estávamos falando sobre esse mito da felicidade obrigatória. Até o Jabour já escreveu sobre isso. Tristeza e fracasso aparecem lado a lado na cabeça das pessoas, talvez. É inaceitável não ser feliz. Se ter sucesso é alcançar a felicidade, então é culturamente vergonhoso aceitar que podemos ser, de fato, pessoas tristes.
O ser humano é feito de várias emoções, todas elas sim, igualmente importantes. A tristeza é uma delas. Se cada pessoa é diferente da outra, e vemos pessoas que claramente aparentam felicidade, é natural que outra simplesmente sejam tristes.
Existe uma pressão horrorosa pra se alcançar a felicidade. É ofensivo não crer que se pode ser feliz. Tanta pressão, tanto stress pra se alcançar uma coisa que na minha opinião não existe de verdade, claro, causa muita infelicidade!
O ódio é uma emoção humana, mas ninguem odeia o tempo todo. Mas temos que ser felizes o tempo todo. É ou não é um ideal pequeno burguês acreditar que a humanidade segue à caminho da felicidade suprema, quando existe tal desigualdade no mundo? Parece até ridiculo dizer isso, mas é verdade. Quando é que dá pra ser feliz, sabendo que tem uma legião de cãezinhos Burne por ai, nas garras da turba? O mundo não é legal. E também não é feliz! Mas tudo bem, porque não é obrigação nenhuma ser feliz!!! A gente não está aqui pra isso, né?
A sociedade tem sempre as mesmas formulas meio falidas pra se alcançar a felicidade, que só dão certo pra uns e outros, mas que todos insistem em tentar repetir. Casamento, filhos! Mais e mais gente se juntando na tentativa de nunca deixar de povoar o mundo que já está estourando de tão cheio, e as pessoas não param nunca!!!! Correndo atrás dessa obrigação absurda de ser feliz ou morrer tentando! Não! Esse não é mais o caminho!! Agora a gente tem que fazer tudo diferente...
A felicidade não está em se entregar ao outro, não é uma coisa pra ser achada na normalidade social!! Ela pode ser achada lá também, mas ela pode estar em qualquer outro lugar, ou simplesmente, não estar em lugar nenhum, e ninguem vai ser menor ou inferior por causa disso!!! É só desse jeito que a gente é. Todos nós! Cada um!
A coisa mais estranha, acho eu, é que todos buscam sempre nos mesmos lugares. Todos são iguais. Seguindo os desejos, e as convenções de gerações e gerações atrás... rs Todos!! É tão complexo o que não segue esse modelo, que não pode ser aceito, precisa ser negado, mesmo pelos que tentam também não seguir o modelo. Deu pra entender isso???
As vezes eu preciso trocar umas ideias com o Aderson só pra saber que tem alguem que entende tudo isso que eu falei. Isso tudo porque ele é o único cara de fato feliz do qual eu já ouvi falar! hahaha \o/
"Hoje, a felicidade é uma obrigação de mercado. Ser deprimido não é mais "comercial". A infelicidade de hoje é dissimulada pela alegria obrigatória. É impossível ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível ser sexy como nos comerciais de cerveja. Esta "felicidade" infantil da mídia se dá num mundo cheio de tragédias sem solução, como uma "disneylândia" cercada de homens-bomba. A felicidade hoje é "não" ver. Felicidade é uma lista de negações. Não ter câncer, não ler jornal, não sofrer pelas desgraças, não olhar os meninos malabaristas no sinal, não ter coração. O mundo está tão sujo e terrível que a proposta que se esconde sob a ideia de felicidade é ser um clone de si mesmo, um androide sem sentimentos." Arnaldo Jabor
05 setembro 2011
Meu novo tarô é um tarô carbônico! Bem bonito mesmo, com poucas cores! Hoje sentada no hospital li metade do livrinho que veio com ele! Parece bem diferente em relação ao de Marselha, por exemplo, que é o que eu costumo usar! As pessoas costumam pensar que todos os baralhos de tarô são iguais, mas vemos desse jeito que não são.
Quanto mais eu leio coisas menos eu sei, não é engraçado? rs Talvez nem tanto... Minha cabeça tá entrando em colapso, eu acho, e vou ficando meio de má vontade com as coisas que eu simplesmente não consigo aprender. Que nem física. Não adianta. Eu não entendo e pronto! Por que tenho que sofrer tentando aprender algo que minha cabeça se recusa a absorver?
Hoje eu fui no hospital enfrentar a psicóloga nova. Como sempre muito cansativo e chato... Essa rotina já encheu meu saco, mas como estou passando por uma fase de tentar fazer o meu melhor, fui lá e contei tudo pra ela! Bem! O que eu ganhei com isso? De volta ao psiquiatra... Ela quer remédios pra ansiedade e talvez algo que possa me ajudar a controlar minha fobia social, que calculo eu que seja uma maneira diferente da ansiedade se alojar na minha cabeça. Ela falou bastante sobre medo, pensamentos, blá, blá, blá... O de sempre mesmo... Essa semana já marco o psiquiatra e retorno pros tratamentos, eu acho... Quem liga não?
Nothing Else Matters
Metallica
So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters
Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters
Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters
Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know
So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters
Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know
Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters
Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters
Never cared for what they say
Never cared for games they play
I never cared for what they do
I never cared for what they know
And I know
So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters
29 agosto 2011
Eu não gosto mesmo de gente por perto, respirando perto de mim. É um saco! Todo mundo pensa que eu tenho medo de bactérias e tal. Meu, eu durmo com cães na mesma cama que eu! Porque eu teria medo de bactérias em pessoas? Eu não tenho medo de adoecer, ou algo assim. Eu não gosto que elas encostem em mim porque acho o contato asqueroso! Não tem nada a ver com doenças. Tem a ver com algo que eu não gosto.
Ai, quando já pensava que não poderia piorar, as pessoas começam a falar. Papo de hospital é uma merda. É sempre doença, desgraça, morte, danação, insensatez, loucura, dor, deformidade... Pô, mas não dá pra dar um tempo não? Ou pelo menos tentar entender que quem está alí do seu lado na verdade caga e anda pras suas doenças, porque já tem o suficiente com o que se preocupar?
Ainda bem que existe o fone de ouvido!!! Eu já disse antes que tenho perdido minha audição por causa do fone? Pois é! Tô perdendo mesmo, por causa do fone e do volume 31 do mp4! Mas meu, não importa. De verdade. O prazer de se estar separado domundo, pelo menos em um dos sentidos, sem ouvir barulho, trânsito, gente! É foda! Quem será o herói que criou essa revolução tecnológica? Deveria ser feriado no aniversário desse lindo!
Olha o que eu achei! ^^
"Eles surgiram em 1919 e eram utilizados como amplificadores de rádio e telefone. Como todo aparato tecnológico, os fones de ouvido foram passando por modificações, melhoras, até chegar na década de 1930 e a Beyerdynamic criar o aparelho que conhecemos hoje. O primeiro fone de ouvido estéreo surgiu no final dos anos 50, inventado pelo artista do jazz John C. Koss. Antes de virarem febre nos walkmans, esses fones foram muito utilizados por pilotos e nas estações de rádio."
Porra... Tô num mal humor! ><