25 novembro 2008

Praquela lah!

A coisa que eu mais lembro da doença da minha mãe, é um dia em que eu cheguei do Rio, da saga da venda do apartamento, e ela estava sentada na beirinha da cadeira me esperando, antes das 7 da manhã. Eu vi que ela já tinha morrido ali. Ela tinha perdido todos os quilos possíveis naquele espaço de tempo. Ela ficou velha pra mim ali. Ficou morta pra mim ali. Tão frágil minha mãezinha que sempre tinha sido tão, tão forte... A mãe que me apavorou a vida toda. Que me dominou, e me maltratou de todo jeito, mas que eu gostava tanto, porque era só eu e ela. Nem minha irmã esteve junto naqueles anos todos, porque ela e minha mãe tiveram uma história delas mesmas onde eu não pude entrar... Eu não queria de jeito nenhum ver ela daquela maneira, nunca. Minha mãe me ensinou uma coisa que se eu não tivesse aprendido com ela naquela época, estaria aprendendo agora, de uma maneira muito diferente.
Eu sou forte. Muito. Eu vivo com medo sim, mas não o medo das pessoas comuns. Meus medos, nas pessoas comuns, seriam devastadores. Eu os enfrento todo dia, com as bençãos da minha mãe, que me apavorou a vida inteira. As coisas que eu agüentei ao longo da vida, me provaram que ela foi a professora mais certa pra mim, pra me dar suporte pra tudo o que estaria por vir. Eu sempre quase morro... Eu quase morri várias vezes, de várias maneiras. Algumas por idiotice, outras por vontade, e outras porque às vezes a vida mata a gente.
Se ela estivesse viva, eu não saberia enfrentar nada a não ser a ela mesma. Ela tinha que morrer. Era hora dela e a minha. Eu não tive paciência suficiente sabe. Isso me assombra às vezes. Não dá pra evitar.
Na hora em que se perde uma pessoa, a tristeza é tão grande. A solidão, e disso eu entendo muito bem, é tão assombrosa! Eu gosto de usar palavras assim: assombrosa, assustadora! Porque tudo no mundo é assim pra mim! Quando as pessoas nos deixam, a solidão é tão assustadora, que nos impede de pensar com clareza. Eu gosto de chorar pelas pessoas que eu perdi. Não agora. Gostei de chorar por cada uma delas, pelo que elas me deixaram. Ainda que algumas dessas pessoas sejam grandes poços de mediocridade, elas sempre deixam algo bom. Deixaram.
Eu não acredito que ainda estou viva sabe. Isso é uma coisa totalmente fora do que eu esperava pra mim mesma. Era assim que eu era quando criança. Eu sonhava em ser igualzinha a Christiane F... Acho que eu consegui... Era um sonho torto, mas era uma vida torta também. Acho que eu era meio Sybill. Era várias pessoas em uma só. E ainda é assim que é. Eu tenho tentado de todo jeito entender. Tentar entender é uma coisa que vai estar sempre comigo, e vai ser sempre uma parte de mim.
Eu tenho que admitir. Eu sou muito diferente das pessoas, e ainda que eu tente passar despercebida, tente imitar, estar no mesmo level, nunca vai acontecer. Estar sozinha é sim a resposta pra tudo. Sabe de uma coisa? Eu faço coisas, digo coisas, penso e sinto coisas, que os cidadãos “normais”, não teriam nem coragem de cogitar.
Sabe de outra coisa? Isso deve ser motivo de inveja pra todos eles...
Eu sou crente. Deus sou eu. Eu sou o meu próprio messias, que me sacrifiquei pra tirar os meus pecados do mundo, mas eu não acredito em pecados. Então, o messias aqui ficou sem serviço. Quando vc falou em Deus, eu me assustei, porque algumas pessoas não têm muita coragem de falar de Deus assim, e eu tô cansada de rebeldia gratuita adolescente. Eu fiquei feliz. Ter fé mudou tudo pra mim.
Tô sempre falando que faria tudo de novo. Faria mesmo. Disso eu não tenho medo. De ter passado tudo o que passei, e que me tornaram o que eu sou hoje. Eu sou o orgulho de Deus, eu acho, porque dou ao meu cérebro a utilidade que ele sempre teve. Eu uso minha cabeça pra duvidar e pra pensar, e eu acho que quando Ele olha pra mim lá de cima, ele diz: A Eric entendeu o que eu quis quando fiz aqueles cérebros! Mas eu acho que ele pensa isso de poucos. Mas ainda bem que eu estou perto de alguns desses poucos. Eu acredito de verdade que Ele pensa o mesmo de vc, e quando nós estamos juntas, Ele deve dar boas risadas de satisfação da gente. Ele lê meu blog, e lê o seu tb!!! rs*
Tem coisas que eu entendo bem. Ainda bem.

Eric

3 comentários:

Anônimo disse...

deus le meu blog e nunca comenta.. ah.. desgraçado auhauha

Anônimo disse...

uahuhauha adoooro o supla nunca tinha visto o clip auhau
to rachando de rir

Excentric Herself disse...

Esse clip eh crasse!!!! Ele ta novinho, todo bonitinho ainda!!