31 dezembro 2011

Senti uma tristeza e uma solidão horríveis hoje. Eu escrevi uma carta. Gostaria de poder enviar... Gostaria de poder dizer mesmo tudo o que está se passando agora na minha cabeça, e ficar com bastante raiva, e ódio, e me livrar dessa frustração filha da puta.
Eu não me arrependi da minha decisão. Eu fiz o certo. Se eu tivesse escolhido o oposto, eu estaria arrependida agora, porque estaria sozinha da mesma maneira, mas com mais do que me lembrar e me arrepender, e muito mais medo.
Ninguém, jamais, em nenhuma circunstância, é de confiança. Jamais devo esquecer isso!

29 dezembro 2011

26 dezembro 2011



A ORAÇÃO DO INICIADO

Ó D-us, Pai-Mãe de todos os Universos, cuja existência está além da compreensão racional, abre meu coração ao entendimento intuitivo, pra que eu escolha sempre o caminho certo.
Tu, que legaste aos Teus primeiros emissários o mágico dom de criar e que proporcionaste aos seres viventes a possibilidade do eterno existir, mostra a meus olhos internos a Tua visão e faze de todos os meus momentos instrumentos do Teu serviço. 
Dá-me um espírito guerreiro, para que eu veja nos obstáculos, que medram pelos caminhos, fascinantes desafios a serem vencidos.
Dá-me forças para carregar com firmeza a tocha que ilumina as trilhas da compreensão e, mais ainda que força, dá-me a obstinação necessária para levar adiante, sem jamais fraquejar, a sedutora missão de servir-Te. 

21 dezembro 2011

Por menos que se envolva com o final do ano, não tem jeito, é sempre uma época triste... O cristianismo de fato fodeu com a nossa vida!!!
Eu não curto o natal. Nem sei o que significa! O aniversário de um cara que morreu para salvar a humanidade, blá, blá, blá. Uma historia de fantasia pra enganar os zilhões de incautos que querem acreditar de qualquer maneira!
É triste não ter fé né? É pra quem pode, não pra quem quer. Porque é duro enfrentar o mundo sem crença, e mesmo eu, que sou bem durona na maioria das vezes, sinto aquele medo lá no fundo quando percebo que minha fé está vacilando... E vacila a toda hora.
Mas o medo tem que ser enfrentado, segundo as sábias palavras do frater Khamus, e eu escuto o frater, mais do que ele acredita que eu escuto...
Zero a zero nesse ano, pra mim e pra minha vida. Difícil dizer onde que a gente erra, ou onde tem que mudar. O que importa, na verdade, é a coragem de fazer qualquer coisa em busca da satisfação, e eu sei que as vezes minha coragem falha, o que é bem triste.
Eu não sou mais criança, eu sei, e meu comportamento extremamente infantil me atrapalha. Eu sei que atrapalha, e sei que é foda, e sei que irrita, não apenas a mim, mas a todo mundo que tem contato comigo. A vantagem, no meu caso, é que ligo pouquíssimo pra opinião alheia, e de tão acostumada que estou de ficar sozinha, acabo ignorando que meu comportamento afasta as pessoas.
Mas a gente aprende com o tempo e com os erros, e eu quero aprender também.
Falei pra um amigo meu esses dias que tenho muita esperança num futuro melhor, porque já tive um passado péssimo, e que perto deste, meu presente é muito bom!
Eu tenho medo de estar perto das pessoas. Medo delas passarem dos limites, medo perder o foco, de não conseguir pensar direito em relação às pessoas que estão perto de mim... Entendam! Eu só consegui sobreviver até aqui porque consegui me virar totalmente sozinha, e me garanti. Não consigo pensar em dependência ou mais medo pela frente. Também me é difícil pensar que talvez um dia eu me acostume com a presença alheia, pra depois ter que me reacostumar com a solidão...


18 dezembro 2011

A realidade real é que eu sou sensível demais pra me misturar com outros seres humanos... Prestem atenção! Não estou dizendo que sou melhor ou pior! Só estou dizendo que sou sensível! Já animais, como são seres desinteressados, me dou melhor, e por isso me misturo com eles. Não entendo bem porque isso incomoda tanto as pessoas.
Estou cansada de explicar que não é nenhuma característica delas que de fato me incomoda. Que o problema, nesse caso, é comigo mesma. Pessoas são assim né? Egocêntricas por natureza. Acham que tudo no mundo é com elas! Aff! Me cansa isso um pouco. Ter que ficar explicando, explicando, explicando o tempo todo.
Pior é explicar, e as pessoas fazerem questão de não entender!!! Caramba! Eu não tô falando em aramaico!!! Não tô falando iidiche!! Qual que é a dificuldade de entender que eu tenho receio de estar com as pessoas, e que esse stress, de estar perto delas me faz muito mal??? É só isso mesmo! Não tem motivos escusos!!! Não tem nada de pessoal nisso. Aliás, algumas vezes tem sim. Não dá pra gostar de todo mundo também né? Mas na maioria dos casos, só de pensar no stress, já me sinto estressada!!!
Quem nunca teve um ataque de ansiedade ou de pânico na vida, por favor, não venha tentar me julgar, ou me encher o saco! Eu sei exatamente pelo que passo em momentos de stress, e pior, muito pior, sei o que eu passo depois.
E ai? Quem é que vai ficar aqui aturando junto comigo? Quem é que vai segurar minha mão de noite pra eu não me desesperar? É fácil falar que eu sou assim ou assado, mas quero ver nego vir aqui viver o que eu vivo lutndo com essas merdas na minha cabeça todo dia!!
Em um ponto eu não sou diferente de ninguem. Eu só quero ficar bem, e sentir uma relativa felicidade, se for possível. Porque eu sabotaria a mim mesma, se isso fosse possível o tempo todo? Engraçado é que depois a egoista sou eu! Ninguem pensa em mim nessas horas, pensa só no seu próprio rabo, mas se eu penso só na minha necessidade, ai eu não valho nada.
Acho que a Shantall tem razão. Eu sou boazinha demais com certas pessoas.
Po, francamente, nego me chamar de vagabunda foi foda. E a errada ainda sou eu... Tá bom então né? Fazer o que??? E eu ainda me acho infantil... rs

15 dezembro 2011

Hoje eu conversei longamente com o Arnaldo. Uma conversa estranha e triste. Acho que cheia de rancor do que nosso passado foi e do que poderia ter sido. Engraçado é que eu nunca tinha parado pra conversar com ele, em muito tempo. Tal era o medo, a angustia de lembrar daqueles dias de antes.
Eu não gosto de ter que encontrar com as pessoas daquela época. Não gosto muito de saber deles. Queria mesmo poder esquecer.
Conversamos sobre como nossa infância nos afetou de modo irremediável, nos transformando no que somos hoje. O Arnaldo me conheceu quase na infância. 14 anos? Isso seria infância? Sabe o mais incrível? Descobrir que as pessoas tem tanto medo quanto eu. O tempo todo me sentindo anormal pelo meu medo, e descubro que na verdade a gente foi largado muito novo, pra lá, pra não ter medo. Com muita mágoa relembramos de coisas que aconteceram, e nos perguntamos porque tudo foi daquele jeito, e nos demos conta de que deveríamos mesmo ter nos encontrado, ele, a Carmen e eu, pra vivermos numa época doida e triste, porque nós éramos sozinhos e tristes, deixados de lado, e tentando sobreviver àquelas famílias e mães que me parece, queriam se livrar de nós, mas não apenas de nossa presença, elas queriam dobrar nosso espírito... Um pouco dramático? Talvez. Mas nunca é dramático demais pra quem vive a situação, ainda mais como nós, que simplesmente não tínhamos forças ou defesas pra lutar contra aquilo tudo. E agora me pergunto porque exatamente tivemos que passar por aquilo tudo mesmo? Pra provar o que mesmo? Pra nos prepararmos pra esse agora? Pra esse presente que nos tira todo dia alguma coisa, e que vai minando nossa capacidade de acreditar que de fato nós fomos preparados pra algo, ou uma missão, ou algum propósito, porque sem propósito, tudo fica simplesmente insuportável!!!! É só isso? É pra isso que nós nos agarramos desse jeito as nossas esperanças de que as coisas iam mudar, e melhorar, e sorrir pra gente?
A gente era tão tão triste.... A gente era tão tão perdido... Porque a gente teve que sobreviver aquilo tudo e a custa de que??? Eu lembro das tardes intermináveis com a Carmen, que já foi a pessoa que eu mais amei no mundo numa certa época, numa amizade inimaginável pra duas pessoas tão sozinhas quanto nós. E a vida se encarregou de nos tirar da rota e nos separar até virarmos tão estranhas. Lembro dos momentos com o Arnaldo, das conversas, e das tentativas de filosofia incompreensível, porque a gente tinha tanto o que entender.... A gente tinha tanto que fazer alguma diferença, nem que fosse um para o outro, e meu Deus, ele fez mesmo diferença, não fez? Numa época em que era tudo ou nada, e a gente precisava ter uma mão pra segurar nos longos momentos de tristeza, de solidão. De tentar entender. A gente fez diferença não fez???? Fizemos, não fizemos??? Depois de tanto tempo, eu, eu pelo menos, pelo menos eu tenho que acreditar que fiz alguma diferença, e meu Deus, eu era tão, tão triste!!! Eu queria tanto alguma coisa que fizesse diferença pra mim!!!!
Eu acho que devia perguntar para o Arnaldo se eu fiz diferença pra ele, algum dia que fosse, que o tivesse resgatado um pouco daquilo tudo!!!!
Eu não quero ter medo... Nunca! Nunca quero ter medo... Nunca!!! Eu juro! Mas como se livrar, se eu já passei tanto tempo parada, assustada. Eu faço mal pra mim não é mesmo? Se eu as vezes acerto alguem, na maioria das vezes não é intencional. Nem sempre se pode controlar tudo... O maior mal, de todos, de todos os que eu causo, são pra mim mesma...
Se eu conseguisse forças agora, eu gostaria de lutar contra anos e anos de pensamentos, e idéias, e lembranças de tudo aquilo que acontecia dentro daquelas paredes, e que a gente aguentava sozinho, no canto, calado e com medo. Se eu tivesse alguma coragem, iria confrontar anos e anos de coisas erradas herdadas das coisas erradas que fizeram pra mim, e tentar nesse resto de tempo acertar tudo, fazer tudo certo daqui pra frente e perdoar quem ficou pra trás, me perdoar, perdoar o mundo e acabar com tanto tempo de medo e mágoa. Solidão e insegurança. Mas agora não tem mais Carmen e Arnaldo pra segurar minha mão e me puxar, e eu puxar também. Não tem mais ninguem me flagelando e me empurrando de qualquer maneira pra frente.

12 dezembro 2011

Cá estou eu em mais um final de ano. Não é o pior deles, juro!!! Pelo contrário! Já é dia 12 de dezembro e eu ainda estou inteirona, ao menos fisicamente! De espírito as coisas vão indo, e emocionalmente, já estive melhor, mas não se pode ter tudo.
Estou colocando o útero pra fora, e essas épocas são sempre um desgosto! Ser mulher é complicado demais! De verdade! Tenho raiva de homens que não conseguem entender as reviravoltas hormonais que nosso gênero enfrenta. Ninguem quer menstruar, sentir cólica e ainda por cima se comportar como uma psicótica, bipolar maníaca!!! Ninguem quer mesmo!!!!
O que será que devemos esperar que as pessoas esperem de nós??? Cada dia fico mais confusa sobre como devo lidar com o mundo. Algumas pessoas entendem que o ser humano é o ápice da criação de Deus, mas fala sério!!! É tão complicado... Eu sou complicada demais, com certeza!
Aos poucos estou voltando a querer sair pro mundo. Não sempre, mas em certas ocasiões. Quero ter mais contato, fazer mais coisas. Mas é um processo lento, e as vezes as pessoas querem me fazer correr. Eu não quero ter pressa. É a alegoria do quarto! Aqui dentro quem sabe o que está acontecendo sou eu!
Embora as vezes eu tenha sonhos de que tudo se resolve do dia pra noite, de uma hora pra outra, na verdade não sinto vontade de dar um passo maior que as minha pernas. Eu preciso de tempo pra ir me reacostumando a tudo o que eu me desacostumei, e se demorar a vida toda, não posso fazer nada. No final das contas, todo mundo já sabe, aqui dentro quem enfrenta um leão por dia pra continuar estável, sou eu.
Subitamente, as vezes, me vejo pensando em como vai ser bom quando eu já estiver pronta pro mundo, e tenho vontade de que tudo aconteça mais rápido, e então, eu me retraio de novo. Não é a hora ainda.
Eu sou covarde? Pode ser! Mas já tive muita coragem ao longo da vida pra me livrar dos meus demônios, enfrentá-los, expulsá-los e sair viva, querer continuar vivendo. Não existe porque jogar fora a pouca estabilidade que consegui.
O mundo nunca valeu a pena, e eu acho que continua não valendo.
É difícil pra mim me comunicar com as pessoas e fazê-la entender isso. Ou dizer até pra não desistirem de mim, porque uma hora as coisas vão acontecer. Ninguém vai esperar, porque não é assim que ninguem deve se comportar. Mas ainda que todo mundo desista, eu não desisto. Não tenho desistido nunca, e não pretendo desistir daqui pra frente. Mas sim, as coisas vão acontecer no meu tempo...

06 dezembro 2011

Tá cada dia mais difícil agradar as pessoas viu... Poutz... ¬¬

03 dezembro 2011

Eu até sou uma mina legal as vezes, porém, legal ou não, ninguém é obrigado a gostar de mim. Quem acha que eu devo mudar, sinta-se à vontade pra me excluir, deletar, bloquear, ou sei lá mais o que. Quando eu não gosto de alguém por qualquer motivo, eu simplesmente sumo. Não fico enchendo o saco de ninguem!
    • Vivian Peron
      Nova habilidade!!Teclar apenas com uma mão, acentuando e tudo mais!!E detalhe, teclando com a mão esquerda!!
      kkkkkkkkkk, mulheres modernas são assim, quando se tornam mães!!!

    • Excentric Herself Tenho até medo de pensar nisso! ^^

    • Vivian Peron Então nem pense!!!!kkk!!!Pq é difícil se adaptar!!Viva intensamente e livre, sem embarços dessa modernidade, a não ser que vc queira sofrer como eu!!kkkkkkkJá até sei , não é e nem passa perto de ser seu sonho, mais que certa!!

    • Excentric Herself rs Sério... me dá medo mesmo!!! Tremo de pensar na possibilidade de engravidar, ainda mais porque com certeza, eu não teria! Mas é admirável esse instinto de ser mãe! ^^

    • Vivian Peron Sim, mas para mim é difícial ainda ser mãe e desenvolver esse instinto, acredite se quiser!!Seu medo é real, tal como o meu!!

    • Excentric Herself Eu nunca tive tal instinto. Sempre soube que não seria mãe, e nunca gostei, nem sequer de me aproximar de crianças... Não as detesto, nem maltrato, mas prefiro não ter nenhum tipo de contato....

    • Vivian Peron Mais que certa!!Penso como vc,por ironia do destino, me aconteceu de ser mãe, por descuido mesmo, sabe.Acho que concordo com meu esposo, sou egoísta, mas tbm preciso pensar em mim, se não é ter certeza que deixei de existir e filho vc cria pro mundo e nao pra vc!

    • Excentric Herself
      Eu só penso em mim. Sou egoista mesmo!!!! Eu não acho isso um defeito!!! Se vc tem instinto materno, vc tem filhos pra agradar a si mesma. Isso tb não é egoismo????
      Prefiro não ter do que ter e tratar mal, ou desprezar, o que com certeza eu faria... Eu sou realista da minha situação.
      Acho que vc foi muito desprendida tendo um filho sem vontade. Geralmente as pessoas colocam mais e mais crianças no mundo sem nem pensar nisso. É preciso refletir.
      Ainda bem que seu baby teve a sorte de ter vc, que ainda que não tivesse esse sonho, vai cuidar, e amar... Tem umas por ai que nem isso!

    • Vivian Peron Realmente!!é importante ter amor próprio... o que de repente pode ser visto como egoísmo pelos outros.Pq vc abre mão de se cuidar, de dormir de sair, de namorar e etc pra tomar conta de bebê e esse quando crescer, corre o risco de te xingar e tudo mais...é a vida!!!

    • Excentric Herself
      Eu sei o estrago que eu fiz na vida da minha mãe, e o que ela fez na minha. Foi uma relação de ódio por um bom tempo. Eu não quero passar isso adiantte.
      Hoje, como adulta, vejo que ela deveria ter pensado muito mais nela, se cuidado, tratado de ser feliz, em vez de ser a mártir, a que se sacrifica pelos filhos, e acaba virando uma pessoa amarga.
      Ela foi a pessoa mais triste que conheci na vida. Acho que nós aparecemos na vida dela na hora errada, e ela teria ficado melhor sem a gente, sinceramente. Faltou mais egoismo da parte dela.
      Ser egoista em algumas ocasiões, é essencial pra sobrevivência...