29 novembro 2008

Eu odeio umidade.
Adoro ficar molhada, no chuveiro, adoro agua. Mas tem uma hora entre o sair do banho e se secar totalmente em que é absolutamente torturante existir. É aquela hora em que ainda não se está totalmente seco. A gente sente umidade no corpo. É um momento torturante da existência, com toda certeza.
A pele deveria deslizar. Não como se tivesse gel nela, mas como se estivesse coberta de pó. Como talco. Seca.
O problema das pessoas, e meu também, claro, porque eu sou uma pessoa, é que a gente é umido demais. Quantos por cento do nosso corpo é feito de água? Vários, eu creio. 80% talvez? É muita água, com certeza. A sorte é que a maior parte dessa água fica por dentro da pele, e pra minha sorte só preciso mesmo que me preocupar com as partes secas que ficam de fora. Por dentro todo mundo já sabe como é.
Não é estranho pensar que a gente veio de dentro de um corpo? Vagando numa bolha de tecidos e liquido nogento? A gente viu como é lá dentro. No nosso arquivo interno tem um video com isso tudo. Com tudo o que a gente viu por dentro de um corpo. Mas estando dentro de um liquido espesso, a gente poderia enxergar alguma coisa? Imagino que quando se está dentro de um corpo, toda essa umidade quente deve ser agradável e confortante, mas e depois? Será que demora pra se acostumar a se estar seco dentro de quilos de tecidos e lãs incomodando, pinicando, invadindo... Quanto tempo demora pra se desacostumar totalmente com umidade?
tem pessoas que são mais úmidas que as outras. As bactérias se desenvolvem na umidade. os fungos... Será que essas pessoas tem mais bactérias e fungos? Tem partes das pessoas que eu tento evitar tocar, e tem ocasiões em que eu tento não tocar em nada, assim como nos momentos em que estou desesperada pra me livrar da água do banho e me secar totalmente. Eu tento não encostar em nada. É meio desesperador pra falar a verdade.
Quer saber? Eu preciso mesmo é ir dormir. A obra começa amanhã... Tomara que eu aguente...

25 novembro 2008

Praquela lah!

A coisa que eu mais lembro da doença da minha mãe, é um dia em que eu cheguei do Rio, da saga da venda do apartamento, e ela estava sentada na beirinha da cadeira me esperando, antes das 7 da manhã. Eu vi que ela já tinha morrido ali. Ela tinha perdido todos os quilos possíveis naquele espaço de tempo. Ela ficou velha pra mim ali. Ficou morta pra mim ali. Tão frágil minha mãezinha que sempre tinha sido tão, tão forte... A mãe que me apavorou a vida toda. Que me dominou, e me maltratou de todo jeito, mas que eu gostava tanto, porque era só eu e ela. Nem minha irmã esteve junto naqueles anos todos, porque ela e minha mãe tiveram uma história delas mesmas onde eu não pude entrar... Eu não queria de jeito nenhum ver ela daquela maneira, nunca. Minha mãe me ensinou uma coisa que se eu não tivesse aprendido com ela naquela época, estaria aprendendo agora, de uma maneira muito diferente.
Eu sou forte. Muito. Eu vivo com medo sim, mas não o medo das pessoas comuns. Meus medos, nas pessoas comuns, seriam devastadores. Eu os enfrento todo dia, com as bençãos da minha mãe, que me apavorou a vida inteira. As coisas que eu agüentei ao longo da vida, me provaram que ela foi a professora mais certa pra mim, pra me dar suporte pra tudo o que estaria por vir. Eu sempre quase morro... Eu quase morri várias vezes, de várias maneiras. Algumas por idiotice, outras por vontade, e outras porque às vezes a vida mata a gente.
Se ela estivesse viva, eu não saberia enfrentar nada a não ser a ela mesma. Ela tinha que morrer. Era hora dela e a minha. Eu não tive paciência suficiente sabe. Isso me assombra às vezes. Não dá pra evitar.
Na hora em que se perde uma pessoa, a tristeza é tão grande. A solidão, e disso eu entendo muito bem, é tão assombrosa! Eu gosto de usar palavras assim: assombrosa, assustadora! Porque tudo no mundo é assim pra mim! Quando as pessoas nos deixam, a solidão é tão assustadora, que nos impede de pensar com clareza. Eu gosto de chorar pelas pessoas que eu perdi. Não agora. Gostei de chorar por cada uma delas, pelo que elas me deixaram. Ainda que algumas dessas pessoas sejam grandes poços de mediocridade, elas sempre deixam algo bom. Deixaram.
Eu não acredito que ainda estou viva sabe. Isso é uma coisa totalmente fora do que eu esperava pra mim mesma. Era assim que eu era quando criança. Eu sonhava em ser igualzinha a Christiane F... Acho que eu consegui... Era um sonho torto, mas era uma vida torta também. Acho que eu era meio Sybill. Era várias pessoas em uma só. E ainda é assim que é. Eu tenho tentado de todo jeito entender. Tentar entender é uma coisa que vai estar sempre comigo, e vai ser sempre uma parte de mim.
Eu tenho que admitir. Eu sou muito diferente das pessoas, e ainda que eu tente passar despercebida, tente imitar, estar no mesmo level, nunca vai acontecer. Estar sozinha é sim a resposta pra tudo. Sabe de uma coisa? Eu faço coisas, digo coisas, penso e sinto coisas, que os cidadãos “normais”, não teriam nem coragem de cogitar.
Sabe de outra coisa? Isso deve ser motivo de inveja pra todos eles...
Eu sou crente. Deus sou eu. Eu sou o meu próprio messias, que me sacrifiquei pra tirar os meus pecados do mundo, mas eu não acredito em pecados. Então, o messias aqui ficou sem serviço. Quando vc falou em Deus, eu me assustei, porque algumas pessoas não têm muita coragem de falar de Deus assim, e eu tô cansada de rebeldia gratuita adolescente. Eu fiquei feliz. Ter fé mudou tudo pra mim.
Tô sempre falando que faria tudo de novo. Faria mesmo. Disso eu não tenho medo. De ter passado tudo o que passei, e que me tornaram o que eu sou hoje. Eu sou o orgulho de Deus, eu acho, porque dou ao meu cérebro a utilidade que ele sempre teve. Eu uso minha cabeça pra duvidar e pra pensar, e eu acho que quando Ele olha pra mim lá de cima, ele diz: A Eric entendeu o que eu quis quando fiz aqueles cérebros! Mas eu acho que ele pensa isso de poucos. Mas ainda bem que eu estou perto de alguns desses poucos. Eu acredito de verdade que Ele pensa o mesmo de vc, e quando nós estamos juntas, Ele deve dar boas risadas de satisfação da gente. Ele lê meu blog, e lê o seu tb!!! rs*
Tem coisas que eu entendo bem. Ainda bem.

Eric

24 novembro 2008

A minha cabeça, eu tenho que dizer, é privilegiada. Pelo menos eu acho. Tirando as milhares de coisas que eu não entendo, as que eu consigo entender entendo profundamente, de uma maneira até mesmo assustadora para os menos preparados. Entender as pessoas é difícil, ou até mesmo, quase impossível, mas quando se consegue chegar ao fundo da compreensão da mente de uma pessoa, é assustador. De verdade.
Ocasionalmente consigo entender algumas pessoas, ma as mais simples, as que funcionam por conta própria, como se estivessem soltas no mundo, sem profundidade, sem a prisão dos pensamentos, essas me são totalmente estranhas. Parece que quanto mais simples as mentes, mais complexas elas são.
Talvez seja assim mesmo que tenha que ser. A simplicidade deve ser o fim da linha, e não o meio. Alcançar paz de espírito, que deve ser mais importante que salário, casamento, felicidade e vida, deve ser o fim do caminho que chega a simplicidade. O não pensar, o não perceber. Quanto mais se percebe do mundo, menos paz se tem.
A minha mkente trabalha contra mim. Totalmente contra mim. Quando eu espero que as coisas se acertem e comecem a funcionar normalmente, ela se torce. É como se ela se alargasse e ficasse fina. Se esticasse toda, e tudo ficasse estranho. Mais estranho do que já é. Eu sinto as coisas de um jeito diferente. Apavorante. Totalmente assustador, como se de repente eu fosse jogada pra outro mundo, e tudo pudesse acontecer lá. Isso acontece de várias maneiras. As vezes ataques de pânico, as vezes crises horríveis de depressão, mas na maioria das vezes minha percepção de tudo fica estranha e alterada. Como se já não fosse uma coisa horrível sentir medo o dia todo, todos os dias. Depois que se tem a primeira crise de pânico, elas não te deixam nunca mais, ou pelo menos, nunca me deixaram. Estão lá, escondidas, como se estivessem observando por uma fresta, e quando eu finalmente abaixo a guarda, pronto, elas vem atrás de mim e me consomem. As pessoas não imaginam o que deixam pra trás quando saem daqui e me deixam sozinha. Mas eu agüento. Sempre agüento. Eu enfrento meus medos.
A maioria das pessoas não entende nada disso. Não importa o quanto sejam esclarecidas ou inteligentes, elas não conseguem alcançar o que passa na cabeça dos outros. A variedade, o monte de sentimentos estranhos que passam pela cabeça de cada um. Vontades, desejos, e as coisas secretas, que ficam escondidas no fundo, mas que existem lá, naquele plano que a gente tenta ignorar. Os medos, a angústia particular inside. Infelizmente a maioria só enxerga o que se passa dentro delas próprias, sem se interessar no conjunto de tudo o que vivemos a cada dia. As pessoas só olham pra uma direção, e perdem todo o resto à volta delas. Vai saber? Vai ver que é assim que as coisas devem ser. Mesmo!
Acho que todo mundo no mundo quer achar uma alma gêmea. Geralmente esse desejo se traduz num grande amor. Mas achar uma pessoa que entenda a outra, que queira as mesmas coisas, seja em que plano de relacionamento for, já é achar um grande amor. Na maioria das pessoas, esse grande amor é um grande amor romântico, e vou dizer uma coisa. Não há nada mais chato do que um amor romântico quando não se está envolvido nele, e geralmente eu não estou envolvida nele!! Mas eu sempre me confundo. Eu não tive grandes amores. Nunca, nunca!! O único que conto como um grande amor, foi o primeiro da infância, quando ele ainda era o que ele era antes de ser o que é hoje, essa pessoa estranha. Antes, no passado distante da juventude, ele era uma pessoa viciada e incrivelmente triste, devastada. Inteligente e vazia ao mesmo tempo, e claro, totalmente parecida comigo. Foi meu grande amor! Meu grande amor foi uma pessoa como eu, incrivelmente parecida comigo, mas com mais força! Eu estava buscando a mim mesma!
Os outros foram os pequenos amores... Os que eu tentei amar de todo jeito pra não me sentir tão sozinha, pra sentir que tinha alguem comigo, pra achar que podia ser normal que nem todas as outras pessoas, porque elas viam que tinha alguma coisa errada comigo, mas eu mesma nunca consegui chegar lá... Não consigo sentir aquilo tudo, e fico mentindo pra mim, e mentindo pros outros. Fico tentando disfarçar, e no final, não consigo devolver o que me dão. No final, eu queria que as pessoas morressem e desaparecessem, e me deixassem em paz sozinha.
Existe uma explicação altamente lógica pra eu não gostar de ter nenhum tipo de contato com pessoas do passado, tirando algumas pouquíssimas. Eu não gosto de lembrar dessas fases de imitação e desespero, e tentativas frustradas de aparentar uma normalidade que não existe em mim, pelo menos, não nesse ponto.
Eu nunca me sinto a vontade. Estou sempre me sentindo como se estivesse em frente a uma platéia gigante que está me analisando e me julgando, me olhando, até mesmo quando estou sozinha, apesar de que nessas situações melhora um pouco. É como se eu nunca estivesse totalmente sozinha. Nunca, nunca.
As pessoas buscam no grande amor a intimidade de se sentirem a vontade mesmo quando estão junto de uma pessoa. Eu não consigo entender isso! Sempre que estou do lado de alguém, morando com alguém, seja lá quem for, família, amigos, namorado, namorada, é como se aquela platéia estivesse em volta. Eu fico o tempo todo fingindo. Sempre fingindo que gosto de contato e convivência, como se tudo isso fosse a coisa mais normal do mundo. Mas pra mim não é.
Eu até entendo essa busca por intimidade, na realidade. É duro ser sozinho, mas não esse desespero de ter alguém do lado 24 horas por dia! As pessoas buscam isso, fazem de tudo!
Quando eu era pequena e meu pai foi embora, eu me senti triste, e chorei, e todo aquele stress, apenas pra descobrir em pouco tempo que com a ida dele, o vazio da presença deixava mais espaço pra mim mesma! Outra Andréa, outras Andréas, outras coisas e outras vivências, e eu entendi que quando as pessoas vão embora, elas deixam espaços pra trás. Nesses espaços, eu tento me sentir a vontade. Eu os preencho, quase não sinto falta das pessoas que foram.
Todo mundo costuma me dizer o quanto eu fui heróica e desprendida durante a doença da minha mãe e sua morte. A verdade? Foi um grande alívio. Não por nada. Eu gostava dela, mas não o suficiente pra passar o resto da minha frágil e curta vida ao lado dela. A solidão é sempre a resposta.
Eu não quero ter que ver as pessoas, ou falar com elas sempre. Eu gostaria de poder só observar. Só observar um pouco as pessoas que eu gosto, e entender como é que elas vivem desse jeito, com pessoas em volta e toques, e doces angustias diárias, desligadas do grande mundo em volta, em busca do grande amor. Sempre tentando, sem desistir nunca, por mais que digam que desistiram. Eu queria tanto entender porque comigo as coisas são tão diferentes! Não queria mudar não. Nada! Eu só queria compreender onde as coisas ficaram confusas comigo. Onde eu perdi o prazer de estar do lado das pessoas, apesar de achar que sempre foi assim... Onde eu perdi o interesse no comum, no cotidiano, apesar de poder jurar que nunca me interessei mesmo por nada. Tudo, e nada no mundo me chamam a atenção. Tudo de uma maneira dolorida, cada pessoa e cada cachorro, e cada célula, e nada de ninguém, as vezes nem de mim mesma...
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SOBRE O SEXO
Eu não gosto de sexo. Na verdade nunca gostei. Não gostei nem mesmo nos melhores momentos, ou quando deram tudo de si por mim. Quando eu comecei foi pela experiência inesperada de ter tanto contato com alguém estranho, e desde o início a curiosidade levou a melhor, e eu percebi também que o sexo poderia ser uma boa moeda de troca.
Eu não acho errado fazer sexo. Só acho incrivelmente chato e não entendo que as pessoas gostem tanto!!
Se eu não posso ganhar o troféu de Deusa do Sexo, a de melhor atriz com certeza eu ganho. Não posso dizer que a culpa é dos parceiros, pois na maioria, eles bem que se esforçavam. Esforçavam-se muito até! Com o tempo aprendi a distinguir os melhores dos piores, mas sinceramente, não foi nunca uma questão de o parceiro ser bom ou mau. Sempre foi o fato de eu não achar graça em nada disso.
Ninguém pode dizer que eu não tenho coração. É que ele não bate da maneira como o da maioria!
Ao fingir que amava a incompreensível arte de fazer sexo, era apenas pra agradar o par. Não custa nada fazer as pessoas felizes. Eu de fato posso dizer que fiz várias, pelo menos nas ocasiões em que estava disposta a atuar.
Quanto ao ato em si, é uma grande violência. Totalmente desgusting! Tantos fluidos e bocas e situações nojentas! É uma grande humilhação que a raça humana precise se aliviar dessa maneira horrível. O ato sexual é a vitória dos instintos primitivos sobre o intelecto, mas claro, essa é a MINHA opinião...
Isso não significa que eu tenha odiado todas as vezes. De fato me diverti em algumas e posso dizer que gostei de outras, mas não sei dizer se gostei da maneira apropriada ou não. Quando gostei, não foi pelo lindo sentimento envolvido no ato, ou pelas ondas de prazer que me tomaram no momento, ou pelo gozo que nunca chegou.
É que a mecânica de tudo isso é totalmente fascinante! O início, a troca, a técnica, o ato, e depois, a felicidade estampada. As reações finais são ótimas também! A parte boa do sexo é que estar tão perto de uma pessoa nessa hora torna possível a observação in loco! Se não fosse por isso, por esses momentos mágicos de observação, seria impossível alcançar a perfeição na imitação.
Não por maldade, sério mesmo. Aqui tenho que fazer um mea culpa... Eu fingi todas, todas as vezes, mas com a melhor das intenções... Não se trata de ser bem comida, ou não ser. Trata-se de eu não gostar do ato. E todas as vezes em que cheguei a achar que poderia mesmo suportar, tinham outras coisas envolvidas ali. Não sentimento, nem toque, ou química. Era outra coisa.
Eu sinto demais. Ninguém pode me chamar de insensível. Não tenho problemas em sentir coisas. Muito pelo contrário! Gosto de situações bizarras onde eu possa sentir, acompanhar e entender os sentimentos das pessoas. Me colocar no lugar delas até me sentir como elas, sentir o que elas sentem.
Eu sou depressiva desde que me entendo por gente. Acredito que depressão também pode ser traduzida como “sentimentos a flor da pele”. Viver é uma grande agressão pra mim, pois envolve uma loucura de sentimentos gigantescos, e tristezas sobrenaturais e sem fim, não apenas minhas, mas de todas as pessoas à volta, e eu trago isso tudo que é dos outros pra casa, pra minha solidão, pra poder sentir isso aqui, sozinha, e viver um pouco aquelas coisas. Louco não? Tirando alguns momentos em que sofrer se torna insustentável, na maioria do tempo creio que aprendi a disfarçar muito bem o que sinto, ou quase... Acho que posso aparentar frieza frente a quase qualquer situação, mas se alguém quiser saber um segredo, nessas horas, eu abro muito os olhos. É como um registro numa fonte. É possível diminuir o fluxo, fechar, deixar correr. É totalmente possível se enquadrar.
Eu sofro com as dores alheias, as levo comigo, guardo no fundo, junto com as minhas. Misturo, recrio, observo, e posso sentir junto das pessoas a dor que elas sentem, quase tão bem quanto sinto as minhas. E eu sinto! Eu sinto cada coisa, e mudança e penso, e quanto mais eu penso, mais eu sinto, e parece que menos entendo o sentimento...
Isso me leva de volta ao sexo. Não é que eu não sinto nada. É que eu sinto errado. O que eu sinto não é bom. É quase como tomar um remédio amargo. É ruim, mas se não tiver outra alternativa eu posso agüentar.

17 novembro 2008

Eu não posso crer que escrevi mais de uma hora e essa merda simplesmente se apagou!!!

09 novembro 2008

Finalmente a semana acabou. Final de mandato é muito estressante no serviço público, mas eu não posso nem devo reclamar. Mais pra frente vou fazer comentários mais contundentes sobre pessoas que ficam a meu lado no trampo.
Hoje acordei cedo e fui numa loja d materiais de construção ver preço de pisos e janelas. A febre da reforma tomou conta de mim agora. Por quanto tempo? É preciso ter paciência pra fazer essas coisas, e minha atenção é desviada logo...
Tá passando o dia do chacal e eu vou lá assistir, ou pelo menos tentar...
O GRANDE DIA CHEGOU!!!!
FINALMENTE O RECONHECIMENTO!!!!

shantall diz:
digamos que eu podia ser melhor
mas se eu fosse melhor eu naum seria eu, eu seria vc
uhauhauhauhuah
auhauhuah

02 novembro 2008

Consegui a façanha sensacional de dormir aproximadamente 18 horas, com apenas um intervalo na madrugada de ontem pra hoje!! Demais mesmo!! Em compensação, fiquei praticamente aleijada desde a hora em qua acordei, por volta das 4 da tarde, toda dura e com dor nas costas de tanto ficar deitada. Estou decidida a investir num colchão decente com o meu acerto. Essa grande idiotice, dedormir 18 horas, me fez ficar acordada até essas horas, e já varri, lavei roupa, lavei toda a louça de uma semana que estava em cima da pia, ainda com a jarra cheia de limões da caipirinha do Molan... Bom, só num arranquei nada de detro dos armários porque se eu além de tudo ainda tivesse uma crise alérgica seria o fim!

Ah, falando em sono vou postar um negócio aqui que eu achei em outro blog! uhauhahua Tem muito a ver comigo, porque tem dias no trampo em que eu simplesmente queria me enfiar debaixo da mesa, apoiar a cabeça no no break do meu computador e ter lindos sonhos... Lindos, lindos sonhos...
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Confira as dicas de como dormir no trabalho contidas nas imagens e imagine a cena.

Imagem 1 - O Truque dos Cadarços Desamarrados: No escritório, coloque a cabeça na mesa, a cadeira ligeiramente para trás, estique os braços e em cada mão agarre uma ponta do cadarço. O chefe irá pensar que você está amarrando os sapatos, mesmo que o procedimento dure cerca de duas horinhas.

Imagem 2 - Problemas Intestinais: Uma boa forma de tirar uma pestana no ambiente do trabalho é usar o banheiro. Mas nem sempre nos ensinam boas técnicas para isso. Essa consiste em um detalhado processo de posicionamento corporal, para sua segurança e conforto. Posicione um rolo de papel higiênico em cima da descarga para evitar torcicolos e coloque uma perna na porta, para evitar visitas inesperadas.

Imagem 3 - Sono Baixo: Uma boa dica para quem possui mesas grandes é dormir embaixo delas. Não requer muito trabalho ou experiência. Mas você deve ter certos cuidados: Tape a visão panorâmica da sua mesa, deixe seu casaco no encosto da cadeira para auxiliar nesse quesito; não se movimento muito, para não ocasionar ruídos em outros cubículos; e traga uma almofada/travesseiro de casa, para melhor aproveitamento.

Imagem 4 - Concentração Extrema: Uma das mais simples, e mais efetivas, formas de dormir no trabalho. Imprima algumas folhas importantes e junte-as em uma pilha na sua frente. Com uma mão tape seus olhos, deixando apenas o espaço para ver o conteúdo das folhas e com a outra as segure. Importante: Troque de folha a cada 15~20 minutos.
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Voltando...

Acordei, me vesti, e fui no sol até a casa d Rubizzz, que aliás, é do outro lado da cidade, literalmente! Ficamos um tempo lá vendo tv, até o DG ligar e dizer que estava vindo pra minha casa, e corrigir a rota e ir até lá na casa da Rubizz. Ele e o Renatinho como sempre. Fizemos um programa familiar do tipo: esfihas do liban, Sol shot, e truco, até umas certas horas. Nem sinal de ataque de pânico por enquanto, o que eu considero uma boa coisa!

Tinha combinado algo com o Daniel Papel, mas não lembro o que, e de qualquer maneira, não deu certo, porque a gente nem se falou hoje.

Sabe quando tem alguma tensão estranha no ar? Tem alguma coisa estranha acontecendo por aqui, tipo, entre a Rubiz, o DG, o Renato e eu, tipo como se alguem quisesse falar alguma coisa e não falasse, as que todo mundo sente que ela deveria falar logo. Talvez essa pessoa seja eu... Tô meio sem paciência, de mau humor, com raiva, totalmente sem paciência mesmo, e sem saco, e sem vontade de aturar nada que me deixe irritaqda, como por exemplo: PESSOAS QUE FALAM ALTO DEMAIS E SÓ ABREM A BOCA PRA FALAR SANDICES SEM SENTIDO!!!!! Mais ou menos o que eu tava falando sobre ter pessoas pra poder filosofar e não ter que ouvir sobre todas as fitas de droga da cidade intira, desde os conhecidos mais próximos até os desconhecidos mais distantes... é um saco isso!

Eu sou um bicho do mato mesmo! As vezes eu trato as pessoas mal... Mas elas não precisam aturar isso!! Porque é que elas aturam heim? Porque não me mandam ir tomar no cu pra que eu me sinta ultrajada e não somem? Ou então não me batem, ou então não me beijam??? Porque é que elas não azem alguma coisa diferente em vez de me deixarem fazer e dizer as coisas mais absurdas? E depois ainda reclamam que eu sou mimada...


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Pra quem acha que a Shiva não é a gata mais gata do espaço sideral, olha só que fofa, dada, simpática, e carinhosa!


01 novembro 2008

Ah é! Esqueci de falar! Minha mãe morreu a 9 anos atrás, nesse mesmo dia. =[
A semana foi bizarra. Foi ponto facultativo na segunda, e feriado na terça, o que significa que eu trabalhei, lógico. Fez um calor absolutamente insano, anormal e imoral, o que fez com que os três ultimos dias da semana, que deveriam passar bem rápido, se arrastassem, e durassem aproximadamente 6 dias...
Porém... Coisas boas também aconteceram. Por exemplo: Assinei os papéis para mudar de cargo, e fiquei feliz com isso, pois significa que vou ganhar um pouquinho mais. Pouquinho mesmo, mas mesmo assim é uma vitória. No entanto o trabalho que eu vou fazer é o mesmo, o que também significa que eu estou numa barreira profissional, não que ser funcionária pública seja profissão, mas até que é divertido as vezes, e ganho a vida fazendo isso.
Não gosto de trabalhar com público. Gosto de trabalhar trancada numa sala sozinha e sem ver ninguém, como se isso fosse possível... É um impasse! Eu não sei com o que eu gostaria de trabalhar. Mas deve ser uma coisa que eu possa fazer sozinha e trancada numa sala fresca e não muito iluminada. Meu chefe deve falar baixo, porque pra mim, cara que grita ta querendo dar a bunda e não tem coragem de falar isso aos quatro ventos, então fica histérico, enchendo o saco e berrando com as pessoas.
Um passo de cada vez. Por enquanto tô muitissimo feliz de saber que de alguma mneira minha situação trabalhista melhorou muito, graças apenas ao meu esforço, e a tudo o que eu mostrei!
Essa semana tive um ataque de pânico forte e rápido de madrugada, o que me deixou levemente apavorada. Num tinha isso a tempos, e sabe como é, a gente acha que nunca vai ter de novo, mas sempre acaba tendo. Num tinha ninguem pra ligar, nem ninguém no quarto ao lado pra eu acordar e segurar minha mão e me deixar menos apavorada. Nessas situações a primeira coisa que eu faço é me vistir. Fico pronta pra chamar a ambulância no caso de eu realmente ter um daqueles que me mandam pro hospital meio morta sem saber o motivo. Tenho um pânico secreto de ficar dias e dias morta em casa sem ninguém perceber, e com o tempo meus cachorros também morram de fome, e ai quando as pessoas realmente sentirem minha falta, ou porque eu já tô a dias sem aparecer no trabalho, ou meus "amigos" precisarem de alguma coisa que eu posso fazer por eles, eles me descubram meio podre, com fluidos secos em volta do meu corpo, e a Dolores mortinha de fome e tristeza ao meu lado.
Aliás, essa é minha mais nova paranóia. Meu tempo tá acabando. Eu tô morrendo. Eu não costumo ter dons divinatórios, mas tem gente que nunca teve e de repente tem, ué! E se essa sensação não for maluquice da minha cabeça? As coisas acontecem seguindo uma certa ordem, e vão acontecendo da maneira certinha que minha cabeça diz que vão acontecer, pra preparar tudo pro meu fim, que não deve demorar muito, talvez chegue no primeiro trimestre do ano que vem, no máximo no começo do segundo. Se eu estiver errada, talvez eu nem chegue até o ano que vem. Então, passo o tempo inteiro pensando: falta pouco agora, tenho que aproveitar. Mas a realidade é que não aproveito. Minha vida continua massante. Continua igual e entediante, com sonhos medíocres, desejos impossíveis, sonhos impossíveis e desejos medíocres e todas aquelas coisas de sempre, sempre e sempre...
*
Nessa semana eu e a Carmen fomos num velório do pai de um rapaz que trabalha com a gente, e pra virar lenda urbana de uma vez, o safado do Ademir, de propósito, levou a gente no velório errado! 0.o A Carmen como uma profissional do velório já meteu a mão no defunto e fez uma oração, sinal da cruz. Eu fiquei com aquela cara de velório mesmo, e logo na sequência ele nos levou pra outro velório numa sala ao lado, que era o certo, mas eu não sabia disso, claro! E já olhei pro morto achando que ele tava bem acabadinnho mesmo. Ainda bem que eu não falei isso pra ninguem, senão seria foda! Nos ultimos dois dias todo mundo vira pra gente e pergunta se vamos ou não vamos no velório do fulano ou do siclano, mas pra não errarmos o velório! Dei risada depois, mas na hora queria arrancar o defunto dali e enfiar o Ademir lá dentro, que morreu de dar risada da nossa cara o tempo todo!
Demorei semanas e semanas pra ler um livro do tipo simples que a Luzia me emprestou. Um livro insignificante em relação a tamanho, mas mesmo assim demorei horrores, mas quando me entusiasmei pelo livro de verdade, simplesmente acabei ele em meia hora... Agora tô sem um livro realmente interessante praler! =[ Não que esse que eu li seja a coisa mais interessante do mundo. Era O Diário de Bridget Jones, o que me alertou que eu tenho mais de 30 e que não tenho parceiro fixo, e que não vou casar e muito menos ter filhos. Não que eu quisesse, mesmo porque tenho pânico só de pensar em uma pessoa enfiada na minha casa. Teria que ser um verdadeiro amor daqueles da Cinderella, e infelizmente eu não acho que possa amar tanto alguém, porque eu prefiro gastar meu tempo pensando em coisas mais interessantes, como por exemplo, EU MESMA! =D
É que nem ter filho. Como é que eu posso imaginar em gastar grana comprando brinquedos pra um ser em vez de comprar brinquedos realmente interessantes pra mim mesma???????? Ocasionalmente algum cego idiota me pergunta quando vou casar, o que, olhando pra mim, qualquer animal perceberia ser impossivel isso acontecer, pelo menos por enquanto. Mas como solteiraq eu não deveria estar levando uma vida super emocionante e estimulante? Indo a lugares legais, com amigos intelectuais, que eu deveria ter! Eu deveria ter amigos legais e intelectuais com quem eu poderia conversar qquer tipo de coisa que passe pela minha cabeça. Só que eu encontro problemas nesse quesito... A maioria dos meus amigos não é assim tão intelectual, e os temas que eu acho realmente que deveria desenvolver, ficam em segundo lugar pros romances da internet, as menininhas do orkut, o preço da maconha, a dificuldade de se achar drogas, as atividades de todos os viciados de Jaú (como se eu, que penso em voltar a usar drogas pelo menos 57 vezes por dia e fio lutando o tempo todo pra não usar, precisasse saber disso), e os problemas amorosos de cada um! Os poucos que realmente poderiam ser muito interessantes são: intimidantes demais, casados com mulheres ou homens mediocres (que me dão nojo só de pensar e me fazem achar que todo ser humano realmente inteligente tem algum problema com sua inteligência emocional), estão presos em algum lugar distante de mim (o que impossibilita qualquer tentativa de proximidade e programas culturais divertidos), querem ficar falando sacanagem pela internet, o que sinceramente, num dá, porque só de pensar em bucetinha molhadinha e pau duro pingando de tesão, já faz meu estômago dar mil e uma voltas! Pô, num consigo nem apertar a mão da maioria das pessoas sem fazer aquela cara de quem tá chupando um limão e correr discretamente pra lavar! Será que as pessoas simplesmente não entendem nada????? Quando eu falo que não curto contato, já é pensando na economia de explicações posteriores, mas não adianta... ai, ai... As pessoas, de fato, não entendem nada mesmo....