29 junho 2006

E o frio? Frio frio frio frio de verdade, judiando de mim!!!
Não tem lugar no mundo pra ficar bem quando se está morrendo de frio que nem eu, e eu estou morrendo de frio!
A realidade é que estou com poucas roupas e menos grana ainda, então, o que fazer?
Eu não estou preparada pra esse frio daqui, e acho que nunca vou estar, e já faz 10 anos que eu estou aqui.... 10 longos e frios anos... Longos e entediantes...
Eu nunca gostei de Jau, e várias vezes tive alguma vã esperança de sair daqui, mas nunca sai. Já estive pra voltar pro Rio, pra ir pra São Paulo, pra ir pra algum lugar do sul, e até pro outro lado do mundo, mas não saí... Nada acontece atoa, e embora nem sempre eu entenda bem o motivo de estar aqui até agora, eu sei que até um lugar como esse, tem seus prós e contras... Seria ruim viver sozinha por ai, e seria ruim viver sem ver meus sobrinhos crescerem, apesar de eu não influenciar em nada no crescimento deles.
Ontem eu fiquei observando eles. Obeservei bastante, principalmente o Igor.... Poutz, como as crianças crescem! A redundância dessas palavras é tão idiota quanto o fato real de que elas crescem mesmo, e rápido! Rápido demais talvez, porque vendo elas crescerem, dá pra perceber como o nosso tempo está passando rápido.
As vezes eu quero que o tempo passe bem rápido, e que tudo acabe logo pra mim, pra eu não perder mais nada no meio do caminho, mas as vezes eu queria que demorasse mais, pra dar tempo de eu ser mais feliz, mais vezes, de mais maneiras.
Eu começei falando do frio, e terminei falando do tempo. Quase tudo combinou!

27 junho 2006

As vezes eu fico paralisada, pensando e pensando nas coisas.
Queria saber mais do propósito e da direção de todas as coisas do mundo. Queria saber porque tudo acontece da maneira que acontece, e mesmo quando tudo está na nossa mão, não podemos controlar.
Antes de ontem eu gostei de conversar com o Ader, porque expondo minhas dúvidas à luz do mundo, enxergo melhor o que antes não conseguia. E sinto que mesmo que ele não entenda de tudo o que eu falo, ele entende minha necessidade de falar. E o que seria mais importante do que isso ao ter uma pessoa do lado? Mais importante do que poder falar?
Eu também conversei um pouco com o Denis. Entendi pouco e ao mesmo tempo entendi muito de várias coisas falando com ele.
Me perguntaram sobre o que nós conversávamos naquela época, e eu não soube dizer. Não lembro. Acho que não falávamos, o que deve ser estranho, por eu estar sempre falando coisas com quem confio.
Acho que eu não o conhecia bem, ou não reconheço mais o que eu conhecia dele naquela época. Mudou ele, ou mudei eu? Apesar de ele parecer alguém totalmente diferente agora, acho que quem mudou fui eu. Ou a luz que iluminava o que eu sabia mudou, e agora o que eu vejo são, na verdade, as mesmas coisas e pessoas de antes, mas de uma maneira diferente.
É possivel se envolver com uma pessoa e não tirar nada? Não aprender?
Eu tenho uma lembrança presente das pessoas que passearam na minha vida e do que elas me ensinaram. Toidas! Sem excessão!
Eu fico me perguntado o que será que eu deixo pra tras quando me despeço de alguém...
Sozinha na portaria!!!!
Ontem de manhã bem cedo choveu bastante. Achei que a chuva ia parar, mas no meio da manhã voltou com força total total!! E o céu ficou preto, e o céu caiu!
Antes das 9:30 me tranquei na portaria com uma boa desculpa pra ficar lá sozinha e esquecida, olhando a chuva, lendo e tomando chá e comendo biscoitos, feito um hobbit! rs*

25 junho 2006

Alguém conhece a Lulu??? Eu amava ela quando era pequena!! Ainda fico escutando uns sons dela... Mas agora acho que eu perdi a maioria quando tive que formatar na semana passada. =[
Ultimamente tenho convivido com a tristeza de quase todo mundo que está a minha volta. Sempre dores de amores...
Agora que eu queria contar coisas de riso e felicidade, as pessoas estão todas tristes por ai. Eu tenho ido no centro espirita com a Silvia. Eu não simpatizo muito com a crneça, eu confesso, mas não tenho preconceitos, e gosto de saber das coisas que os outros pensam. E acho que lá está sendo um lugar bom pro Rodolfo...
Mas tenho desconfianças, e alguns medos, e agora as coisas estão mudando. Como se o mundo estivesse se movendo junto, mas de uma maneira diferente... Tem muitas coisas acontecendo, e eu estou vendo isso tudo. E não posso interferir, porque tenho que pensar em interferir na minha própria vida. Eu tenho um pouco de medo, porque estou vendo as pessoas mais sensiveis agora. Será uma coisa que está acontecendo só aqui a minha volta, ou está acontecendo no mundo todo, com todas as pessoas? O mundo muda o tempo todo, mas tem algumas horas em que o mundo das pessoas muda mais, de uma maneira menos suave, e quem é mais sensivel consegue ver também.
Talvez só eu esteja preocupada com isso, mas acho dificil. Devem existir várias gentes por ai pensando a mesma coisa que eu, mas eu não sei onde elas estão. Mas eu queria saber. Deve ser legal encontrar uma pessoa pensando igual, ou que se preocupe tnato com o que acontece com os outros. rs* Não que eu queira arranjar uma solução pro mundo, mas que é interessante pensar nisso as vezes, é...
Acho que é necessário que alguem as vezes pare e pense nisso, porque geralmente todo mundo está pensando nos proprios problemas, e tem que ter uma corrente coletiva que fica como inconsciente, pra que a gente saiba, que o tempo todo, tem pelo menos alguem preocupado com o nosso futuro, seja ele queal for.

23 junho 2006

FEVER

PEGGY LEE

Never know how much I love you
Never know how much I care
When you put your arms around me
I get a fever that's so hard to bear
You give me fever when you kiss me
Fever when you hold me tight
Fever ... in the mornin'
Fever all through the night

Sun lights up the day time
Moon lights up the night
I light up when you call my name
and you know you're gonna treat you right
You give me fever when you kiss me
Fever when you hold me tight Fever ... in the mornin'
Fever all through the night
Everybody's got the fever
That is somethin' you all know
Fever isn't such a new thing
Fever started long time ago

Romeo loved Juliet
Juliet she felt the same
When he put his arms around her
He said, "Julie baby you're my flame"
Thou givest fever when we kisseth
Fever with thy flaming youth
Fever I’m on fire
Fever yea I burn forsooth

Captain Smith and Pocahontas
Had a very mad affair
When her daddy tried to kill him
She said "Daddy oh don't you dare"
"He gives me fever with his kisses"
"Fever when he holds me tight"
"Fever, I’m his missus"
"Daddy won't you treat him right?"

Now you've listened to my story
Here's the point that I have made
Chicks were born to give fever
Be it Fahrenheit or centigrade
We give you fever when we kiss you
Fever if you live and learn
Fever till you sizzle
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn

O céu se abriu... Hoje finalmente vou dizer que estou quase totalmente feliz....
(Nem vou entrar no assunto de que não se pode ser totalmente feliz por causa de.... Ah, bom, por vários motivos... Miséria, fome, peste...)
Os céus se abriram, e o mundo tem uma luz nova hoje... Hoje, ontem... Agora, pra sempre... Reencontrei várias coisas nesses ultimos dias. Nada físico, paupável. Coisas de dentro de mim. Eu sou triste, mas estou feliz. Sou a pessoa mais triste e feliz. Ser tristinha as vezes faz parte de mim, mas tenho que aprender a ser feliz com a minha depressão, e agora eu tô tão feliz...
E essa felicidade pode ser o alimento que vai afastar tudo o que pode acontecer de ruim ou triste num futuro próximo...
Estranho como as coisas acontecem do nada. Como as pessoas aparecem do nada. Como as vezes o mundo inteiro conspira a favor e de repente a gente vai contra isso tudo e se machuca tanto... O mais fácil, que é ser feliz, que é ir a favor perde o sentido, e a gente se perde em todos os sentidos...
Eu queria fazer todas as pessoas do meu lado felizes também. Queria afastar o medo delas, assim como as vezes eu consigo afastar meu próprio medo. Ter medo é normal, e eu não tenho mais medo disso também. As coisas acontecem e eu vou enfrentando, tentando fazer sempre o melhor, mesmo que as vezes eu faça o pior, mas é sempre sem querer, sempre, sempre. Quem me conhece sabe que eu tenho uma percepção aguda do sofrimento alheio, mas infelizmente não tenho o controle sempre.
Uma outra coisa nova agora. Uma vontade de viver, de estar legal e de rir. Saudades do meu amigo, que nem sempre entendia como as coisas funcionavam na minha cabeça, mas ele sempre tentava...
Mas de resto, não quero ter saudades do passado, como nunca quis ter. Minha felicidade é nova e atual, e eu queria iluminar tudo com ela, mas eu sei que não posso... Também não posso minimizar o sofrimento alheio, assim como nunca pude minimizar o meu próprio, mas eu não sou ruim, eu juro. Posso não ser a melhor, mas também não sou ruim, e estou tentando sinceramente ficar um pouco melhor. Por mim, pelos outros, mas principalmente por essa felicidade nova, que me devolveu, de certa maneira, uma liberdade que eu não sentia a muito tempo...
Agora talvez eu possa voar de novo...

21 junho 2006

Ah, a vida... Pra mim sempre foi uma incógnita, sempre sempre!! Mas pra todo mundo acho que é... Eu sempre me espanto com a minha própria capacidade de mudar. Mudar tudo! Mudar as coisas, mudar a opinião, mudar o humor...
Hoje eu tô muito feliz! Muito mesmo!! A menos de dois dias atras estava arrasada...
Hoje o Juninho veio aqui, e tava chateado, ainda por conta do rompimento da Lucelia...
Amar não é fácil não, mas... Amar é bom, tão bom, sempre...
É melhor sofrer de amor do que ter um coração vazio... A Silvia tem razão...
Tem coisas, sentimentos, sei lá, dos quais todo mundo devia ser imune. Porque as vezes gostar, amar, se relacionar, pode doer tanto... E pode ser cruel...
A vida é bem estranha... Eu também sou. Tenho um medo absurdo de viver as vezes, por mais que as pessoas tentem me convencer de que viver pode ser uma aventura mágica... E pode sim! Comigo as vezes não é só magica, é louca, é intensa e impressionante...
Não é facil viver, nem ser dona do próprio nariz. Nem é fácil amar, ser amada, se envolver, cuidar de amigos e pessoas que amamos... Cuidar dos cachorros, da casa, da vida. Matar as baratas e os ratos... Se cuidar... Cuidar das crianças... Cuidar de dentro... Cuidar dos sentimentos...
Meu, é tudo louco mesmo!!!! E eu entendo pouco de tudo o que vejo, e queria tanto entender mais... Ter mais respostas, saber as perguntas certas... Não queria nunca magoar ninguem, mas eu não tenho resposta pra tudo, e se eu mesmo não consigo me entender de jeito nenhum, quanto mais entender aos outros... Entender tudo...
Hoje eu tô feliz mas também tô triste, pelas pessoas que estão do meu lado e estão tristes também, e por não poder minimizar essa tristeza delas, e pelas pessoas que eu nem conheço, e que porventura sofrem com os meus caprichos... Não, eu não sou caprichosa, mimada, pelo menos não demais... Mas eu também tenho direito de tentar mais, de lutar pelo que eu quero...
Eu também quero ser mais feliz... Eu tenho direito também...
Eu entendo que todos os atos tem reações. Que pagamos pelas coisas.... Nada na vida pode vir e passar imune... Eu pago também, eu sei que pago, quando pago... Eu não quero me redimir dos erros... Só quero também poder viver, e com isso aprender, de uma vez por todas, que a minha felicidade é um direito possivel, e não uma coisa irreal, distante, mais distanciada ainda por tantas coisas que estão enraizadas na minha cabeça...
Eu quero tanto esquecer tantas coisas, mas nunca esquecer de tudo o que eu já conquistei, e aonde eu posso chegar... Nunca esquecer o que eu posso ser... Não pra ser melhor, mas pra ser mais feliz...

19 junho 2006

CHURRASCO NA SEGUNDA FEIRA
Depois de passar uma segunda-feira de amargar descabelada aqui em casa, alias, desespero esse que foi devidamente consolado pela Claudia e pela Simone (valew!!), me liga o Junior aqui no meio da tarde falando que vinha aqui. Não podia mesmo ser coisa boa, ainda mais ultimamente nesses tempos em que todas as coisas estão no fim.
Aí, depois de mais uma conversa em que ele me contou como foi que ele e a Lucelia terminaram, fizemos um churras de segunda feira pra desbaratinar...
Minha cabeça tava mesmo explodindo de dor, e eu sem comer nada o dia todo... Até que pelo menos isso foi bom...
Sabe que entre outras coisas, poder conversar com minha amiga Simone hoje foi bem legal. Já fazia um tempo que a gente não se conversava, e fiquei sabendo que lá pelo final do ano ela deve vir pra cá. Estou morrendo de saudades... Tomara que ela arranje um tempinho pra mim, porque sei que as vindas dela pra cá são sempre corridas...
E tô com saudades do Fábio também, e vai ser um encontro feliz. Espero que traga um vento bom! =]

A Noivinha do Reanimator diz:
assim, me conhecendo por alto, o que vc acha de mim?
Adriano diz:
hmmmmmmmmmmmmmmm
inteligente, mente aberta, interessante, diferente, reprimida, depressiva...
uma pessoa no lugar errado
A Noivinha do Reanimator diz:
como é isso?
Adriano diz:
o q?
uma pessoa no lugar errado?
A Noivinha do Reanimator diz:
eh
Adriano diz:
vc nasceu na familia errada, mora no lugar errado, tem o emprego errado...
vc é uma pessoa rara
não pode ter uma vida comum...

Hoje eu conversei com o Junior, e ouvi coisas que me deixaram com um aperto no peito. Eu queria poder proteger todo mundo de se machucar, principalmente as pessoas que eu amo tanto... É duro não ser especial pra alguém... Eu queria que as pessoas que estão a minha volta sentissem que são especiais pra mim, e que isso criasse em torno delas um escudo, que afastasse os outros, que afastasse as mágoas que os outros deixam... Incrivel que as pessoas não percebam que quando estendem uma mão, estão se comprometendo.
Eu queria poder fazer qualquer coisa mesmo pra não ver o Juninho magoado, pra poder evitar, fazer alguma coisa, mas como proteger tanto uma pessoa? Como não deixar se magoar, porque isso eh o veio de aprendizado de todas as vidas, e todo mundo ainda tem tanto pra aprender...
Hoje eu vi o ódio da Rubita pelas coisas que nos magoam, pelas pessoas que passam pela gente e empurram, deixam a gente no chão, e tive medo de perder meus amigos, perder ela também...
Eu vi na Rubita a proteção que eu queria dar pro Junior... Vi a proteção que ela também queria dar pra ele, queria dar pra mim...
Eu vi a raiva da Silvia, também tentando proteger a gente... E foi singelo e triste ver que a gente só tem a gente mesmo, a si e a pessoas tão ao nosso redor, mas mesmo assim a gente chora pelos outros... A gente tem tudo, e ao mesmo tempo tem tão pouco....
Deus, se eu puder minimizar o sofrimento dos meus amigos, que eu saiba como, e que eles as vezes também possam minimizar os meus... E que suma de mim essa sensaçao de que essas são as primeiras lágrimas de muitas que ainda vamos derramar...

17 junho 2006

Estou meio capenga, mas não caída! Éééé!!! As coisas no início são assim mesmo, mas eu vou levando. Agora com menos drama, ainda bem!
Hoje a noite o Juninho chegou aqui, chateado por ter perdido um tio, pela Lucelia, a Silvia do meu lado mais chateada ainda, e eu no meio e de repente, todo mundo chorando, e eu de mão dada com o Juninho. O cara é um irmão, pra dizer o mínimo! E nós três somos muito sensíveis, tudo dói na gente! E que dia dolorido foi hoje, credo!
Mas.... Sei lá. O Junior conversou longamente comigo, e até deu conselhos, que no início achei todos tão bons, que queria pegar o telefone e seguir todos, mas depois pensei bem, sei lá, uma dúvida.... Aquela falta de certeza do que será que pode acontecer de bom e de ruim, e já fiquei naquelas. Me aventurar pelo mundo é perigoso, e eu tenho medo, porque vamos ser bem sinceros, eu sou medrosa mesmo. Tenho medo de gente e de coisa, e me meter tanto com tudo acaba sempre desse jeito.
Mas a intenção foi legal, e por isso, em homenagem ao Juninho que é meu amigo do peito, e que ultimamente tem chorado do meu lado em todas as ocasiões, coloco aqui essa linda canção!

Hino da Amizade

Mara Maravilha

Eô,Eô
Roda,roda,roda sem parar
Eô,Eô
Pula,pula pula vamos lá
Eô,Eô
Bate ppalma,bate bate o pé
Eô,Eô
Cante o hino da amizade eu quero ver!
Pique-pique,esconde-esconde,banbolê
Pega-pega,roda-roda eu quero ver
Nossa amizade tem amor no coração
Meu amigo você é mais do que um irmão
Eu te amo,eu te amo de verdade
Eu te amo sem nenhuma falsidade
Eu te amo é amor pra vida inteira
Eu te amo vamos nessa brincadeira
Nossa amizade é de deus é pra valer
Cante o hino da amizade eu quero ver!

Eu sou a mais nova da casa de meu pai, e sou também a mais velha. E sendo a mais velha, abençoo e aconselho todos os outros da casa dele, mas, não tem mais ninguem. De repente é estranho ver que todas as coisas sairam do controle. Nada nunca pode ser da maneira que a gente quer?
Será que não seria tudo mais simples sendo cachorro? rs* Eu gosto de pensar nisso. Ser cachorro é melhor, mais sofrido e mais fácil... A gente não deveria ter evoluido isso tudo. Essa evolução toda faz mal pra gente.
Hoje conversei um monte com várias pessoas e tentei entender tudo, e tentando entender tudo, tentei entender a mim mesma. Entender a si, é sempre o mais difícil. Eu quero ser justa comigo e com o mundo, mas não é fácil perceber onde a gente errou, onde podemos voltar atras, e finalmente, ver que não tem caminho de volta.
Tem alguma coisa que eu não estou fazendo direito, mas direito, direito, não sei o que. E isso tudo sempre volta e me assombra, e eu quero tanto mudar, e fazer as coisas direito, pra não sofrer mais, mas a gente nasceu pra sofrer, eu acho, e sofremos, sofremos.
Eu quero aprender, de verdade. Ter direito a não sofrer mais pelas mesmas coisas sempre, mas eu não consigo ver o meu erro.
Talvez a raiz dos problemas que acontecem com a gente seja sempre a gente mesmo, e eu juro por tudo que eu tento e tento entender direito, entender melhor, pra não fazer mais, e passar logo, mas não adianta.
Agora tudo se repete, e vai se repetir, até eu entender, e mais que isso, até usar esse entendimento, e usando isso, eu possa deixar pra tras isso tudo.
Ah sim, a vida não para quando a gente quer. Mas um dia ela para, e, talvez, com essa parada, a gente entre num plano legal, onde podemos aprender e passar adiante. Sem sofrer tanto talvez...
Tomara que sim...
Tem uma coisa acontecendo por dentro agora. E dói!
Ontem a Silvia me disse uma coisa... Ela falou que é melhor sofrer por amor do que ter o coração vazio.... Isso doeu...

15 junho 2006



Pra voltar em grande estilo...

11 junho 2006

Desde nova eu já era bem estranhinha... Lembro como se fosse hj de minha amantissima mãe me olhando com aqueles olhos que dizem? Ai meu Deus, o que foi que eu coloquei no mundo??
Ela não tinha culpa, coitada... Filha de um "caixeiro-viajante", ou quase isso, que ja tinha sido dono de terras, e de uma dona de casa ligeiramente agressiva, que perderam tudo por causa da bebida, já viu como era a vida né? Eu não sei bem como alguem pode perder tudo o que tem bebendo, mas meu avô tanbto fez que perdeu, e eles viveram na penúria um bom tempo...
Historias como essa acontecem aos milhares, e sempre com os nossos pais. Eles nunca tinham sapato pra por no pé, amavam estudar mais do que amavam a própria vida, e escreviam até no papel de pão pra não faltar as aulas... Ah! E pais também são sempre os melhores alunos da sala, mesmo sem ter a moleza que nós temos na vida, com coisas bonitas que eles sempre nos deram, etc, etc, etc.... Se vc tiver um pingo de normalidade dentro de vc, alguma dessas máximas já entrou por um ouvido seu e saiu pelo outro, porque mães e pais são assim mesmo: sofredores e perfeitos....
Bem, mas tendo levado essa vida de total normalidade numa Manaus de quase 80 anos atras, a vida da minha mãe, por mais "da pá virada" que ela fosse, não podia sair tanto assim da normalidade. Temos que lembrar que naquela época, em que não existia internet, e a betty page era o máximo em matéria de feitiche, por mais doida que minha mãe fosse não dava pra sair tanto da normalidade como agora.
Mas eis que tudo muda, ela vem pra cidade grande, se forma, se casa, enfia suas expectativas num casamento que já masceu falido, e, tcharam!, tem duas filhas!!! Deveriamos supor que começou a levar uma vida normal então? Ou melhor, mais normal? Bem, nem tanto...
Dessa linda união saimos eu e minha irmã. E bem, na verdade, estou escrevendo isso tudo pra falar de mim mesma, então, vamos ao que interessa....
Imagine só. Ela, esposa, mãe, trabalhadora, violenta, de repente, se ve as voltas com uma criança, digamos, no mínimo, estranha.... Com manias estranhas, com vontades estranhas, timida demais, e extremamente antisocial! Claro que ela pirou coitada... Por essa nem ela esperava.
Muitas vezes na infância achei que se eu tivesse tentáculos as coisas seriam mais fáceis, mas tentáculos não caem do céu, então, com dois bracinhos mesmo, lá fui eu enfrentar um mundo estranho, hostil, entediante, e potencialmente violento, ainda mais com uma familia como essa....
Bem, nem falei de meu pai! Ele era só o cara que estava lá. Nada a dizer sobre ele influenciando minha criação.
O negócio era minha mãe, e essa criança estranha que ela criava. Quando eu era pequena, uma vez li A Profecia, e achei que aquilo podia ser comigo, e começei a procurar em mim mesma sinais da minha ascendência maligna! Mas seria fácil demais... Eu tinha que enfrentar era a minha familia mesmo... Ser filha do capeta era bolinho perto deles!
E lá fui eu, crescendo em intenso sofrimento, e dando minhas opiniões abalizadas sobre a vida, o mundo, religião. Quando minha mãe não conseguia, ou não estava com saco de resolver nossa pendengas no papo, ela pegava o pedaço de pau que catava periodicamente na feira, e sentava ele nos nossos lombos. Se eu tivesse aproveitado aquelas duras, porem lindas lições de amor maternal, teria enfiado minha viola no saco, e hoje estaria casada e com filhos. Mas não. Eu era a voz da resistência naquela casa!!! E minha irmã pode acreditar agora, se quiser. Ser a voz da resistência não era nada fácil... Até hoje minha irmã Márcia, que aliás é a única que eu tenho, diz que o mundo não está preparado para as minhas opiniões. Eu tentava ficar calada, guardar pra mim mesma o que eu pensava, mas quando ia ver, lá estava eu, falando o que não devia, recebendo o olhar horrorizado de todo mundo, inclusive de minha própria máe, e me arrependendo profundamente por não ter fechado o bico. A vida é assim... Fazer o que? Eu era a criança que queria levar livros pras festas... Dá pra acreditar?
Bem, eu cresci, sobrevivi, aprendi muito sobre vida em sociedade, apesar de nem sempre conseguir usar isso tudo pra nada. Hoje, pra me recuperar de não ser a criança da profecia, faço análise, e minha psicóloga me diz coisas do tipo: Uma hora você vai ter que ficar adulta, vai ter que trabalhar seus medos e sua opinião de si mesma. Essa última principalmente por causa das pérolas que minha mãe costumava me dizer, carinhosamente, como prêmio pelo meu comportamento, digamos... excepcional! Coisas como: Você nunca vai ter um amigo, você não vale nada, você não presta, e a pérola máxima, você é ruim igual o seu pai!
Bem que eu tento agora, mas minha mãe era uma formadora de opinião incrivelmente poderosa.... Com crianças de 6 a 10 anos, então, ela era espetacular! Até ela morrer, acreditei em tudo o que ela me disse, e depois que ela morreu também.
Mãe é mãe, como eu vou dizer que ela estava errada? Ainda bem que apesar de esquisitinha eu tinha um certo carisma pessoal, eu acho, ou muita sorte, vai saber...
Porque eu escrevi isso tudo??? Bem... Eu mesma não sei. Acho que é pra tentar explicar que as vezes eu saio atropelando tudo e todos, e nem eu mesmo entendo porque. A voz da resistência não pode se calar!!! As vezes eu quero mais do que posso ter, e as vezes eu entendo menos do que deveria, e no meio disso tudo, me perco e fico sem entender nada mesmo, e tudo vira uma confusão na minha cabeça... Aliás, confusa eu estou sempre, mas tem umas horas em que meu cerebro entra em pane. Então, quando meu comportamento ficar estranho, e eu me tornar uma psicotica violenta, ou quase isso, o motivo já foi dito, o que, claro não é uma desculpa.
A culpa de tudo é da minha mãe? Não. ela só reagia a vida, da maneira que dava, e ela era de uma inocência as vezes.... A culpa é minha mesma, se é que pode ser atribuida alguma culpa a alguém (juro que esta será a única tentativa de tirar o meu da reta...). Eu tenho que aprender, antes de tudo, a usar o cérebro...
Isso que dá não ser personagem principal da profecia.... A vida as vezes maltrata...

07 junho 2006

QUARTA-FEIRA NA PRAÇINHA

Pedro, foto, praça, papo, pepsi, lanche, mercado, risada, Dolfo.
(Mas a data da foto ta errada... Essa eu tirei hoje!)

05 junho 2006

Se é pra escrever alguma coisa aqui ainda, eu tenho que dizer que tudo está muito decepcionante, que nada tem valhido a pena, e que a falta de paixão está acabando comigo... Paixão pela vida, pelas pessoas, por tudo o que eu tenho...
É uma época ruim, por isso, acho que escrevendo em um caderno cheio de anjos, talvez as coisas feias que eu tenho pra escrever sobre as coisas que estão a minha volta, sobre as pessoas que estão a minha volta, sobre a vida que eu tenho vivido e que ainda tenho pela frente, e até sobre mim mesma, fiquem um pouco mais suaves e aceitáveis...
Enfrentar um mundo inteiro sozinha não é pra qualquer um... Acho que não é pra mim também...

Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,
Em cuja lei protesto de viver,
Em cuja santa lei hei de morrer
Animoso, constante, firme e inteiro:

Neste lance, por ser o derradeiro,
Pois vejo a minha vida anoitecer,
É, meu Jesus, a hora de se ver
A brandura de um Pai, manso Cordeiro.

Mui grande é vosso amor e o meu delito;
Porém pode ter fim todo o pecar,
E não o vosso amor, que é infinito.

Esta razão me obriga a confiar,
Que, por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.

03 junho 2006

ESSE BLOG FOI OFICIALMENTE ABANDONADO E TROCADO POR UM LINDO CADERNO DECORADO COM ANJOS!!!
=D