31 dezembro 2011

Senti uma tristeza e uma solidão horríveis hoje. Eu escrevi uma carta. Gostaria de poder enviar... Gostaria de poder dizer mesmo tudo o que está se passando agora na minha cabeça, e ficar com bastante raiva, e ódio, e me livrar dessa frustração filha da puta.
Eu não me arrependi da minha decisão. Eu fiz o certo. Se eu tivesse escolhido o oposto, eu estaria arrependida agora, porque estaria sozinha da mesma maneira, mas com mais do que me lembrar e me arrepender, e muito mais medo.
Ninguém, jamais, em nenhuma circunstância, é de confiança. Jamais devo esquecer isso!

29 dezembro 2011

26 dezembro 2011



A ORAÇÃO DO INICIADO

Ó D-us, Pai-Mãe de todos os Universos, cuja existência está além da compreensão racional, abre meu coração ao entendimento intuitivo, pra que eu escolha sempre o caminho certo.
Tu, que legaste aos Teus primeiros emissários o mágico dom de criar e que proporcionaste aos seres viventes a possibilidade do eterno existir, mostra a meus olhos internos a Tua visão e faze de todos os meus momentos instrumentos do Teu serviço. 
Dá-me um espírito guerreiro, para que eu veja nos obstáculos, que medram pelos caminhos, fascinantes desafios a serem vencidos.
Dá-me forças para carregar com firmeza a tocha que ilumina as trilhas da compreensão e, mais ainda que força, dá-me a obstinação necessária para levar adiante, sem jamais fraquejar, a sedutora missão de servir-Te. 

21 dezembro 2011

Por menos que se envolva com o final do ano, não tem jeito, é sempre uma época triste... O cristianismo de fato fodeu com a nossa vida!!!
Eu não curto o natal. Nem sei o que significa! O aniversário de um cara que morreu para salvar a humanidade, blá, blá, blá. Uma historia de fantasia pra enganar os zilhões de incautos que querem acreditar de qualquer maneira!
É triste não ter fé né? É pra quem pode, não pra quem quer. Porque é duro enfrentar o mundo sem crença, e mesmo eu, que sou bem durona na maioria das vezes, sinto aquele medo lá no fundo quando percebo que minha fé está vacilando... E vacila a toda hora.
Mas o medo tem que ser enfrentado, segundo as sábias palavras do frater Khamus, e eu escuto o frater, mais do que ele acredita que eu escuto...
Zero a zero nesse ano, pra mim e pra minha vida. Difícil dizer onde que a gente erra, ou onde tem que mudar. O que importa, na verdade, é a coragem de fazer qualquer coisa em busca da satisfação, e eu sei que as vezes minha coragem falha, o que é bem triste.
Eu não sou mais criança, eu sei, e meu comportamento extremamente infantil me atrapalha. Eu sei que atrapalha, e sei que é foda, e sei que irrita, não apenas a mim, mas a todo mundo que tem contato comigo. A vantagem, no meu caso, é que ligo pouquíssimo pra opinião alheia, e de tão acostumada que estou de ficar sozinha, acabo ignorando que meu comportamento afasta as pessoas.
Mas a gente aprende com o tempo e com os erros, e eu quero aprender também.
Falei pra um amigo meu esses dias que tenho muita esperança num futuro melhor, porque já tive um passado péssimo, e que perto deste, meu presente é muito bom!
Eu tenho medo de estar perto das pessoas. Medo delas passarem dos limites, medo perder o foco, de não conseguir pensar direito em relação às pessoas que estão perto de mim... Entendam! Eu só consegui sobreviver até aqui porque consegui me virar totalmente sozinha, e me garanti. Não consigo pensar em dependência ou mais medo pela frente. Também me é difícil pensar que talvez um dia eu me acostume com a presença alheia, pra depois ter que me reacostumar com a solidão...


18 dezembro 2011

A realidade real é que eu sou sensível demais pra me misturar com outros seres humanos... Prestem atenção! Não estou dizendo que sou melhor ou pior! Só estou dizendo que sou sensível! Já animais, como são seres desinteressados, me dou melhor, e por isso me misturo com eles. Não entendo bem porque isso incomoda tanto as pessoas.
Estou cansada de explicar que não é nenhuma característica delas que de fato me incomoda. Que o problema, nesse caso, é comigo mesma. Pessoas são assim né? Egocêntricas por natureza. Acham que tudo no mundo é com elas! Aff! Me cansa isso um pouco. Ter que ficar explicando, explicando, explicando o tempo todo.
Pior é explicar, e as pessoas fazerem questão de não entender!!! Caramba! Eu não tô falando em aramaico!!! Não tô falando iidiche!! Qual que é a dificuldade de entender que eu tenho receio de estar com as pessoas, e que esse stress, de estar perto delas me faz muito mal??? É só isso mesmo! Não tem motivos escusos!!! Não tem nada de pessoal nisso. Aliás, algumas vezes tem sim. Não dá pra gostar de todo mundo também né? Mas na maioria dos casos, só de pensar no stress, já me sinto estressada!!!
Quem nunca teve um ataque de ansiedade ou de pânico na vida, por favor, não venha tentar me julgar, ou me encher o saco! Eu sei exatamente pelo que passo em momentos de stress, e pior, muito pior, sei o que eu passo depois.
E ai? Quem é que vai ficar aqui aturando junto comigo? Quem é que vai segurar minha mão de noite pra eu não me desesperar? É fácil falar que eu sou assim ou assado, mas quero ver nego vir aqui viver o que eu vivo lutndo com essas merdas na minha cabeça todo dia!!
Em um ponto eu não sou diferente de ninguem. Eu só quero ficar bem, e sentir uma relativa felicidade, se for possível. Porque eu sabotaria a mim mesma, se isso fosse possível o tempo todo? Engraçado é que depois a egoista sou eu! Ninguem pensa em mim nessas horas, pensa só no seu próprio rabo, mas se eu penso só na minha necessidade, ai eu não valho nada.
Acho que a Shantall tem razão. Eu sou boazinha demais com certas pessoas.
Po, francamente, nego me chamar de vagabunda foi foda. E a errada ainda sou eu... Tá bom então né? Fazer o que??? E eu ainda me acho infantil... rs

15 dezembro 2011

Hoje eu conversei longamente com o Arnaldo. Uma conversa estranha e triste. Acho que cheia de rancor do que nosso passado foi e do que poderia ter sido. Engraçado é que eu nunca tinha parado pra conversar com ele, em muito tempo. Tal era o medo, a angustia de lembrar daqueles dias de antes.
Eu não gosto de ter que encontrar com as pessoas daquela época. Não gosto muito de saber deles. Queria mesmo poder esquecer.
Conversamos sobre como nossa infância nos afetou de modo irremediável, nos transformando no que somos hoje. O Arnaldo me conheceu quase na infância. 14 anos? Isso seria infância? Sabe o mais incrível? Descobrir que as pessoas tem tanto medo quanto eu. O tempo todo me sentindo anormal pelo meu medo, e descubro que na verdade a gente foi largado muito novo, pra lá, pra não ter medo. Com muita mágoa relembramos de coisas que aconteceram, e nos perguntamos porque tudo foi daquele jeito, e nos demos conta de que deveríamos mesmo ter nos encontrado, ele, a Carmen e eu, pra vivermos numa época doida e triste, porque nós éramos sozinhos e tristes, deixados de lado, e tentando sobreviver àquelas famílias e mães que me parece, queriam se livrar de nós, mas não apenas de nossa presença, elas queriam dobrar nosso espírito... Um pouco dramático? Talvez. Mas nunca é dramático demais pra quem vive a situação, ainda mais como nós, que simplesmente não tínhamos forças ou defesas pra lutar contra aquilo tudo. E agora me pergunto porque exatamente tivemos que passar por aquilo tudo mesmo? Pra provar o que mesmo? Pra nos prepararmos pra esse agora? Pra esse presente que nos tira todo dia alguma coisa, e que vai minando nossa capacidade de acreditar que de fato nós fomos preparados pra algo, ou uma missão, ou algum propósito, porque sem propósito, tudo fica simplesmente insuportável!!!! É só isso? É pra isso que nós nos agarramos desse jeito as nossas esperanças de que as coisas iam mudar, e melhorar, e sorrir pra gente?
A gente era tão tão triste.... A gente era tão tão perdido... Porque a gente teve que sobreviver aquilo tudo e a custa de que??? Eu lembro das tardes intermináveis com a Carmen, que já foi a pessoa que eu mais amei no mundo numa certa época, numa amizade inimaginável pra duas pessoas tão sozinhas quanto nós. E a vida se encarregou de nos tirar da rota e nos separar até virarmos tão estranhas. Lembro dos momentos com o Arnaldo, das conversas, e das tentativas de filosofia incompreensível, porque a gente tinha tanto o que entender.... A gente tinha tanto que fazer alguma diferença, nem que fosse um para o outro, e meu Deus, ele fez mesmo diferença, não fez? Numa época em que era tudo ou nada, e a gente precisava ter uma mão pra segurar nos longos momentos de tristeza, de solidão. De tentar entender. A gente fez diferença não fez???? Fizemos, não fizemos??? Depois de tanto tempo, eu, eu pelo menos, pelo menos eu tenho que acreditar que fiz alguma diferença, e meu Deus, eu era tão, tão triste!!! Eu queria tanto alguma coisa que fizesse diferença pra mim!!!!
Eu acho que devia perguntar para o Arnaldo se eu fiz diferença pra ele, algum dia que fosse, que o tivesse resgatado um pouco daquilo tudo!!!!
Eu não quero ter medo... Nunca! Nunca quero ter medo... Nunca!!! Eu juro! Mas como se livrar, se eu já passei tanto tempo parada, assustada. Eu faço mal pra mim não é mesmo? Se eu as vezes acerto alguem, na maioria das vezes não é intencional. Nem sempre se pode controlar tudo... O maior mal, de todos, de todos os que eu causo, são pra mim mesma...
Se eu conseguisse forças agora, eu gostaria de lutar contra anos e anos de pensamentos, e idéias, e lembranças de tudo aquilo que acontecia dentro daquelas paredes, e que a gente aguentava sozinho, no canto, calado e com medo. Se eu tivesse alguma coragem, iria confrontar anos e anos de coisas erradas herdadas das coisas erradas que fizeram pra mim, e tentar nesse resto de tempo acertar tudo, fazer tudo certo daqui pra frente e perdoar quem ficou pra trás, me perdoar, perdoar o mundo e acabar com tanto tempo de medo e mágoa. Solidão e insegurança. Mas agora não tem mais Carmen e Arnaldo pra segurar minha mão e me puxar, e eu puxar também. Não tem mais ninguem me flagelando e me empurrando de qualquer maneira pra frente.

12 dezembro 2011

Cá estou eu em mais um final de ano. Não é o pior deles, juro!!! Pelo contrário! Já é dia 12 de dezembro e eu ainda estou inteirona, ao menos fisicamente! De espírito as coisas vão indo, e emocionalmente, já estive melhor, mas não se pode ter tudo.
Estou colocando o útero pra fora, e essas épocas são sempre um desgosto! Ser mulher é complicado demais! De verdade! Tenho raiva de homens que não conseguem entender as reviravoltas hormonais que nosso gênero enfrenta. Ninguem quer menstruar, sentir cólica e ainda por cima se comportar como uma psicótica, bipolar maníaca!!! Ninguem quer mesmo!!!!
O que será que devemos esperar que as pessoas esperem de nós??? Cada dia fico mais confusa sobre como devo lidar com o mundo. Algumas pessoas entendem que o ser humano é o ápice da criação de Deus, mas fala sério!!! É tão complicado... Eu sou complicada demais, com certeza!
Aos poucos estou voltando a querer sair pro mundo. Não sempre, mas em certas ocasiões. Quero ter mais contato, fazer mais coisas. Mas é um processo lento, e as vezes as pessoas querem me fazer correr. Eu não quero ter pressa. É a alegoria do quarto! Aqui dentro quem sabe o que está acontecendo sou eu!
Embora as vezes eu tenha sonhos de que tudo se resolve do dia pra noite, de uma hora pra outra, na verdade não sinto vontade de dar um passo maior que as minha pernas. Eu preciso de tempo pra ir me reacostumando a tudo o que eu me desacostumei, e se demorar a vida toda, não posso fazer nada. No final das contas, todo mundo já sabe, aqui dentro quem enfrenta um leão por dia pra continuar estável, sou eu.
Subitamente, as vezes, me vejo pensando em como vai ser bom quando eu já estiver pronta pro mundo, e tenho vontade de que tudo aconteça mais rápido, e então, eu me retraio de novo. Não é a hora ainda.
Eu sou covarde? Pode ser! Mas já tive muita coragem ao longo da vida pra me livrar dos meus demônios, enfrentá-los, expulsá-los e sair viva, querer continuar vivendo. Não existe porque jogar fora a pouca estabilidade que consegui.
O mundo nunca valeu a pena, e eu acho que continua não valendo.
É difícil pra mim me comunicar com as pessoas e fazê-la entender isso. Ou dizer até pra não desistirem de mim, porque uma hora as coisas vão acontecer. Ninguém vai esperar, porque não é assim que ninguem deve se comportar. Mas ainda que todo mundo desista, eu não desisto. Não tenho desistido nunca, e não pretendo desistir daqui pra frente. Mas sim, as coisas vão acontecer no meu tempo...

06 dezembro 2011

Tá cada dia mais difícil agradar as pessoas viu... Poutz... ¬¬

03 dezembro 2011

Eu até sou uma mina legal as vezes, porém, legal ou não, ninguém é obrigado a gostar de mim. Quem acha que eu devo mudar, sinta-se à vontade pra me excluir, deletar, bloquear, ou sei lá mais o que. Quando eu não gosto de alguém por qualquer motivo, eu simplesmente sumo. Não fico enchendo o saco de ninguem!
    • Vivian Peron
      Nova habilidade!!Teclar apenas com uma mão, acentuando e tudo mais!!E detalhe, teclando com a mão esquerda!!
      kkkkkkkkkk, mulheres modernas são assim, quando se tornam mães!!!

    • Excentric Herself Tenho até medo de pensar nisso! ^^

    • Vivian Peron Então nem pense!!!!kkk!!!Pq é difícil se adaptar!!Viva intensamente e livre, sem embarços dessa modernidade, a não ser que vc queira sofrer como eu!!kkkkkkkJá até sei , não é e nem passa perto de ser seu sonho, mais que certa!!

    • Excentric Herself rs Sério... me dá medo mesmo!!! Tremo de pensar na possibilidade de engravidar, ainda mais porque com certeza, eu não teria! Mas é admirável esse instinto de ser mãe! ^^

    • Vivian Peron Sim, mas para mim é difícial ainda ser mãe e desenvolver esse instinto, acredite se quiser!!Seu medo é real, tal como o meu!!

    • Excentric Herself Eu nunca tive tal instinto. Sempre soube que não seria mãe, e nunca gostei, nem sequer de me aproximar de crianças... Não as detesto, nem maltrato, mas prefiro não ter nenhum tipo de contato....

    • Vivian Peron Mais que certa!!Penso como vc,por ironia do destino, me aconteceu de ser mãe, por descuido mesmo, sabe.Acho que concordo com meu esposo, sou egoísta, mas tbm preciso pensar em mim, se não é ter certeza que deixei de existir e filho vc cria pro mundo e nao pra vc!

    • Excentric Herself
      Eu só penso em mim. Sou egoista mesmo!!!! Eu não acho isso um defeito!!! Se vc tem instinto materno, vc tem filhos pra agradar a si mesma. Isso tb não é egoismo????
      Prefiro não ter do que ter e tratar mal, ou desprezar, o que com certeza eu faria... Eu sou realista da minha situação.
      Acho que vc foi muito desprendida tendo um filho sem vontade. Geralmente as pessoas colocam mais e mais crianças no mundo sem nem pensar nisso. É preciso refletir.
      Ainda bem que seu baby teve a sorte de ter vc, que ainda que não tivesse esse sonho, vai cuidar, e amar... Tem umas por ai que nem isso!

    • Vivian Peron Realmente!!é importante ter amor próprio... o que de repente pode ser visto como egoísmo pelos outros.Pq vc abre mão de se cuidar, de dormir de sair, de namorar e etc pra tomar conta de bebê e esse quando crescer, corre o risco de te xingar e tudo mais...é a vida!!!

    • Excentric Herself
      Eu sei o estrago que eu fiz na vida da minha mãe, e o que ela fez na minha. Foi uma relação de ódio por um bom tempo. Eu não quero passar isso adiantte.
      Hoje, como adulta, vejo que ela deveria ter pensado muito mais nela, se cuidado, tratado de ser feliz, em vez de ser a mártir, a que se sacrifica pelos filhos, e acaba virando uma pessoa amarga.
      Ela foi a pessoa mais triste que conheci na vida. Acho que nós aparecemos na vida dela na hora errada, e ela teria ficado melhor sem a gente, sinceramente. Faltou mais egoismo da parte dela.
      Ser egoista em algumas ocasiões, é essencial pra sobrevivência...

30 novembro 2011

Hoje fiquei com medo da resposta que o tarô Carbõnico me deu....

21 novembro 2011

Tive uma conversa muito surpreendente com o Denis essa madrugada... ^^

20 novembro 2011

Tenho pensado numas coisas loucas ultimamente... É inaceitável não seguir um desejo, uma vontade, uma curiosidade, uma crença, porém, grande parte das pessoas vive alheia no mundo. Não segue os instintos e fica preso às convenções sociais mais castradoras. Não é um contrasenso? A única vida que temos ser limitada por nós mesmos?
As convenções sociais são um saco!!! É muito chato perceber que, no caso de você ter a intenção de fazer simplesmente o que quer, pode ser julgado como estranho e despadronizado. Estigmatizado por seguir suas vontades.
Eu não costumo me dar muito bem com o convencional, a não ser que seja necessário, ou me traga algum sentimento bom, que me faça bem de alguma maneira. Nesse caso, sim, posso suportar o comum por algum tempo, antes que de fato comece a me incomodar.
Conheci várias pessoas que considerei fora do padrão, e me interessei por elas, não a nível romantico, ou sentimental, ou sei lá o que. Me interessei em conhecer seus pensamentos e vidas, e a maneira como lidam com essa falta da "normalidade social" que todo o resto espera de todos nós. Infelizmente, até mesmo a maioria dessas pessoas tem desejos convencionais demais. São só pessoas normais tentando conhecer algo diferente, mas no fundo, tem aqueles desejos enfadonhos que todos tem. São gado apenas. Aliás, tenho ouvido muito essa palavra ultimamente. Essa comparação do homem comum com o gado. Talvez pela espera sem reação em que vivem.
Talvez por seu comportamento extremamente destruidor, o potencial humano para conhecer todas as coisas, sair dessa linha reta que traçam para nós quando nascemos, experimentar todas as coisas seja tão grande, e ao mesmo tempo tão pouco buscado.
É possível simplesmente sair das convenções sociais, e fazer exatamente o que se quer, ou não fazer o que não se tem vontade. Me senti mais forte quando percebi que poderia arcar com minha própria vida sozinha, sem perguntar nada a ninguem. Sem atingir ninguem e tentando não ser atingida. Não pretendo mudar isso só pra atingir as metas que as pessoas pensam que são importantes, ou imprescindíveis.

19 novembro 2011

Eu já devo ter dito antes que minha vida me surpreende, e que quando acho que tudo está perdido, estagnado, esquecido, coisas antigas voltam para mim, e novas aparecem, e sempre me surpreendem mais e mais.
É doloroso deixar coisas pra trás, porém uma vez que elsa são colocadas de lado, novidades aparecem, e uma coisa sempre se conecta a outra.
Claro que em algum ponto, algo mais surpreendente ainda vai acontecer, para não me deixar muito tempo lamentando o que perdi, ou abandonei... ;)

05 novembro 2011

Quando a internet fracassa, é uma desgraça ter que contar com o mundo real. É preciso tempo e paciência pras coisas entrarem nos eixos, e lá vou eu tentando achar coisas que preencham meu tempo, embora eu confesse que preciso fazer uma mono inteira em relativamente pouco tempo. Tudo bem! Tô acostumada!
Além disso, tenho feito paperkraft! Aliás, poderia dizer até que estou levemente viciada em paperkraft, e aceitando desafios, como peças que demoram dias pra ficarem prontas! Nada mal pra quem tem zero de atenção como eu! ^^
Aliás, a falta de atenção sempre será um problema pra mim, e como não me sinto vivendo mais 20 anos, talvez eu morra desse mesmo jeito, sem prestar atenção em nada. Será que isso é ruim???
Abandonei sumariamente meus estudos. É... Não vou dizer que estou orgulhosa. Aliás, me sinto meio perdida, sem compromisso, sem saber onde procurar alguma coisa que faça algum sentido. Muito dramático, mas bastante real. Como minha memória imediata não existe e minha atenção é irreal, eu logo esqueço que estou na verdade, numa busca, e a ignorância é sempre reconfortante.
Tenho tentado ler mais esses dias, e assistir mais coisas, e jogar mais jogos, e blá, blá, blá. Essas coisas que enchem o tempo e fazem com que a vida fique mais leve. Não tem nada de errado nisso né?????

29 outubro 2011

Ontem e hoje eu assisti milhares de nerdcasts do Jovem Nerd!!! Pra começar eu gosto do sotaque deles!! Sotaque de carioca eh foda! \o/
Eu comecei a assistir pra ver sobre o universo do Eduardo Spohr que o frater Khamus comentou outro dia, mas acabou que esse eu nem ouvi. Mas vi vários sobre várias nerdices, e me toquei que eu sou uma puta nerd, cara! huahuahuahu Nada do que os caras falam é estranho pra mim, e tem um episodio impagável em que eles jogam uma partida de D&D! huahuahuauh Demais total!
Cara, que saudade de jogar RPG no terraço do prédio! Me deu vontade de criar um personagem. Eu me lembro que meus personagens sempre eram elfos! Vampiro, a Máscara também era legal... Eu sempre jogava com Malkaviano! ^^
Enquanto ouvia os podcasts, montava um paperkraft dificílimo. Um dragão chinês, que no final das contas, ficou foda!!! Sinceramente!!! Tem coisa mais nerd que escutar podcasts sobre Star Trek, Battlestar Galactica, Paulo Coelho, enquanto monta paperkraft???
Senti saudade de conversar, dar risada. Senti saudade da "minha galera". Mas isso faz muito tempo. Hoje conversar sobre filosofia alienigena, só em pensamento... rs
Olha meu dragão chinês ai embaixo! Tô ficando boa nisso cara!!! ^^


27 outubro 2011

Puta merda... Como me sinto culpada.... =/

15 outubro 2011

SNAPSHOTS! ^^


Na quarta-feira foi dia das crianças, e eu fui em uma festa do dia das crianças! ^^
Foi lá na Chácara do Pedrinho, e foi bem legal. Eu não cos
tumo me entusiasmar tanto com festas, mas essa aconteceria de dia, e eu poderia voltar correndo caso algo desse errado. Combinei comigo mesma que iria de qualquer jeito, nem que fosse pra chegar lá e voltar, e lá fui eu!!!
O espaço foi bom, porque a chácara é um lugar legal e dentro da cidade. Estava bastante cheio, o que de início me deixou um pouco nervosa, mas logo já achei um monte de pessoas conhecidas!! Isso é mesmo uma co
isa incrivel! Mesmo que eu raramente saia de casa, ainda conheço um monte de gente!!! No espaço de meia hora consegui beber o suficiente pra ficar bastante bêbada, pro meu nível atual de tolerância alcoolica, que é bem baixo, e acho que isso ajudou bastante a tornar a noite agradável e suportável! Teve doação de brinquedos pras crianças carentes, e um monte de crianças lá, o que foi bem surpreendente, porque eu achei que ia ser uma balada mais junkie. Algums bandas tocaram desde cedo.
No final de tudo, mais doida que o bozo, ainda consegui carona e uma pantera cor de rosa da caixa de doações!!! \o/


Olha ela ai... Coitada, tava pior que eu! =^^=

14 outubro 2011

Olha só que lindo, lindo.... *_*


06 outubro 2011

O SARCÓFAGO


(Augusto dos Anjos)


Senhor da alta hermenêutica do Fado
Perlustro o atrium da Morte... É frio o ambiente
E a chuva corta inexoravelmente
O dorso de um sarcófago molhado!

Ah! Ninguém ouve o soluçante brado
De dor profunda, acérrima e latente,
Que o sarcófago, ereto e imóvel, sente
Em sua própria sombra sepultado!

Dói-lhe (quem sabe?!) essa grandeza horrível,
Que em toda a sua máscara se expande,
À humana comoção impondo-a, inteira...

Dói-lhe, em suma, perante o Incognoscível,
Essa fatalidade de ser grande
Para guardar unicamente poeira!

29 setembro 2011

Tive que copiar e colar esse texto aqui! ^^




O MEDO


por Francisco Marengo



Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei.


O medo é o sentimento mais comum na psique humana. Como todos os obstáculos físicos podem ser (teoricamente) superados, o maior medo do homem obviamente repousa na morte. Então por absoluto medo ou pavor desse desconhecido estado, o homem prefere não falar no assunto, ou dizer, que simplesmente não acredita na vida após a morte, considerando-a como um eterno repousar. Outras vezes buscam conforto para seus medos nas religiões dogmatizadas, impregnando sua mente com falsos conceitos, que absolutamente em nada vão lhe ajudar em seu momento derradeiro de transição. Não compreendem que a vida física por mais palpável que se possa parecer é ilusória e simplesmente constitui num reflexo da realidade eterna.


Quando estudamos a filosofia Esotérica nos deparamos que em determinado momento, necessitamos morrer para ressurgir, como a alegoria da Fênix que renasce de suas cinzas. Assim foi com Jesus cuja vida ficou enigmática quando ele completou doze anos só reaparecendo com trinta, Buda que permaneceu muito tempo no deserto, Moisés que sumiu numa cova. Todos têm em comum o fato de após terem desaparecido voltarem com suas boas novas. Especialmente Jesus que teria enfrentado nesse período toda a fúria de seus demônios interiores.


Ao dogmatizar sua mente o homem tolhe sua Verdadeira Liberdade, e passa a viver em função de um Deus temeroso, vingativo, punitivo e cruel, vivendo mais como um autômato induzido, que não compreende que ao dogmatizar-se limita o aprendizado e o aspecto evolutivo do seu espírito. Na Ciência Esotérica então este morrer para ressurgir, também chamado de “noite escura da alma”, onde adepto mergulha de cabeça no abismo de seu subconsciente e enfrenta diretamente todos os seus medos, todos os seus conflitos interiores, todos os seus demônios, todos os seus temores, aprendendo a conhecer que a verdadeira essência do ser constitui-se na vida eterna e não na morte estática e serena, assim o adepto passa a conhecer intimamente o dia de sua transição, e isto já não o amedronta, pois sua Liberdade é totalmente guiada pelo Poder de sua Verdadeira Vontade.


Amigos, todos nós somos vulneráveis. Para aprender a aplicar o conhecimento faz-se necessário buscar um caminho ou uma forma de autodesenvolvimento. Existem muitos caminhos, o meu satisfaz a mim, a minha verdade e daqueles que me acompanham, porém não é o único e nem talvez seja o melhor caminho, haja visto, haverem múltiplos caminhos e múltiplas escolhas. A busca é pessoal, as experiências que tiver de passar na vida são pessoais, pois são estas que lhe fornecerão as chaves que transmutam o conhecimento interior em sabedoria.


Devemos cuidar para que o medo não se torne uma neurose em nossas vidas. Um sábio disse: "Na natureza nada se perde, pois tudo se transforma." Isto é um fato. O físico fatalmente, cedo ou tarde, será privado de ação. Porém como nada se perde, toda riqueza mental e espiritual, jamais será perdida. Toda individualidade continua, a essência é eterna. Todos os adeptos dos mistérios podem regozijar-se ao dizer "Eu conheço o dia de minha morte!", ou ainda questionar-se sobre "qual a próxima aventura que o destino me reserva?" Pensar assim, satisfaz o espírito ante qualquer temor, pois o movimento universal é constante e as fatalidades da vida são meras lições ante a essa escola primária que é a Terra. O maior "medo" que as pessoas deveriam sentir é de não realizarem os seus Dharmas ou Missão de Vida, de não realizarem o sacrifício ou Sacro Ofício, de não terem coragem de sair de suas "zonas de conforto" para realizarem as suas Verdadeiras Vontades e não se acomodar. Isso significa que a batalha é continua na luta para quem está tentando ser um Mago. O indivíduo é derrotado quando não tenta mais e se abandona.


Quando o aspirante começa a aprender, ele nunca sabe muito claramente quais são seus objetivos. Seu propósito é falho; sua intenção, vaga. Espera recompensas que nunca se materializarão, pois não conhece nada das dificuldades da aprendizagem. Devagar ele começa a aprender... a princípio, pouco a pouco, e depois em porções grandes. E logo seus pensamentos entram em choque. O que aprende nunca é o que ele imaginava, de modo que começa a ter medo. Aprender nunca é o que se espera. Cada passo da aprendizagem é uma nova tarefa, e o medo que o homem sente começa a crescer impiedosamente, sem ceder. Seu propósito torna-se uma batalha. E assim ele depara com o primeiro de seus inimigos naturais: o medo! Um inimigo terrível, traiçoeiro, e difícil de vencer. Permanece oculto em todas as voltas do caminho, rondando a espera de suas falhas. E se o ele, apavorado com sua presença, foge, o medo, seu inimigo, terá posto um fim à sua busca. O que acontece com o aspirante se ele fugir com medo? Nada acontece a não ser que ele nunca aprenderá. Nunca se tornará um sábio. Talvez se torne um déspota, ou um pobre homem apavorado e inofensivo; de qualquer forma, será alguém vencido na vida. Seu primeiro e mais cruel inimigo terá posto fim a seus desejos.


E o que pode ele fazer para vencer o medo? A resposta é muito simples. Não deve fugir. Deve desafiar o medo, e, a despeito dele, deve dar o passo seguinte na aprendizagem, e o seguinte, e o seguinte, "step by step". Deve ter medo, pois é natural, e no entanto não deve parar. É esta a regra! E o momento chegará em que seu primeiro inimigo recuará. Aí nesse momento começará a sentir seguro de si. Seus propósitos tornar-se-ão mais fortes. Aprender não será absolutamente mais uma tarefa aterradora. E, quando chegar esse momento feliz, o aspirante pode dizer sem hesitar que derrotou seu primeiro inimigo natural.


Se o aspirante ceder ao medo, nunca o vencerá, porque se desviará da busca pelo conhecimento sagrado e nunca mais tentará buscar o caminho novamente. Mas se procurar aprender por anos junto com seu medo, acabará dominando-o, porque nunca se entregou realmente a ele.


A sabedoria adquirida não é unicamente utilizada para unicamente para objetivos pessoais, um dom na verdade nunca é só seu. Portanto, o Mago deve ter autocontrole em todas as ocasiões, tratando de tudo com zelo e lealdade, principalmente sendo fiel a tudo o que aprendeu. Se
conseguir a viver com a clareza, verá que o poder, sem controle, é pior do que quaisquer outros erros. Então, saberá quando e como usar seu Poder.


E assim terá derrotado seu pior inimigo. Tornar-se Sábio , e saberá encontrar-se com a velhice com toda dignidade!


No momento em que o Mago não tiver mais receios,
impaciências, terá toda a clareza de espírito... E este será um momento em que todo seu poder estará controlado. Sacudirá sua fadiga e viverá seu destino com plenitude, então poderá ser chamado de Sábio. Quando a vida nos proporciona coisas boas, gostaríamos que aquilo continuasse eternamente assim por tempo indefinido, no entanto, constatamos que as coisas não são assim. Daí eu pergunto, porque não explorarmos uma idéia de permanência na sua totalidade? Ora, tal pensamento por si só nos liberta do medo.


Agora falemos da morte, para falar deste assunto eu pediria que ao menos momentaneamente abandonem conceitos pré-estabelecidos, doutrinas e crenças a respeito disto, pois são idéias geradas pelo fato de termos certeza que um dia iremos morrer. Se deixarmos também, temporariamente o nosso medo de lado, poderemos agora nos defrontar com o problema. E, neste ponto eu diria que não interessa a vida do pós morte porquanto que seja um fato real. Então existe um caminho a ser percorrido para compreendermos o que é a morte e não o que existe depois dela. Daí a diferença se perguntamos o que vem depois, é porque não procuramos saber o que ela é. Mas, dou um parênteses para perguntar o que é a vida, a despeito de nossas noções e teorias sobre ela. Será que conhecemos realmente a vida, se nos deparamos insistentemente em nos debater sem cessar ante toda espécie de conflitos interiores e exteriores que constantemente nos afligem? Estamos inteiramente absorvidos num vazio interior, que jamais é preenchido pelo acúmulo de bens materiais. Dentro deste fato, o problema do que é a morte não pode ser colocado, se nem sequer conseguimos compreender inteiramente o que significa viver. As projeções de idéias, tais como reencarnação, etc., apesar de serem verdades internas diz respeito a este nosso fragmento de existência psicológica que denominamos vida. Morrer ante a esta estrutura psicológica que nos identifica morrer a cada instante, a cada dia, a cada ação que praticamos; morrer, morrer afinal o que é morrer? Uma vez que não se discuta aspectos como a morte física, somente aqueles que sabem lidar com a morte há todos os instantes, conseguem evitar o impossível questionamento interior, pois nesta morte permanente está o permanente nascimento, de uma essência vital que não pertence a este mundo. Morrer é criar, e criar é amor.


Amor é a lei, amor sob vontade.



16 setembro 2011

A bola da vez na minha vida agora são meus tratamentos. Fui no psiquiatra ontem, e finalmente ficarei sem remédios com a corcondância do meu médico!!! \o/

Eu nunca tive problemas em tomar remédios, se fosse o caso, ou houvesse necessidade, e até cansei de ouvir pessoas pouco abalizadas me falarem pra eu largar os remédios, que eu "preciso" ser feliz, e preciso me apegar em Deus, e Cristo salva, e que assim essas coisas iam sumir da minha cabeça e blá, blá, blá....

Eu não tenho recalques com meus problemas psiquiátricos. Infelizmente meu cérebro não funciona muito como o da maioria, e tratá-lo sempre foi um grande prazer pra mim, porque eu gosto dele, ele me dá muitas alegrias, embora nenhuma felicidade, e tem vezes que as coisas são assim. Eu não diria pra uma pessoa que tem um rim que não funciona pra parar de fazer hemodiálise... Se o rim não funciona apropriadamente, tem que tratar, não adianta fantasiar que as coisas vão simplesmente ficar perfeitas derepente. Se meu cérebro não funciona apropriadamente, tem que tratar.

A maioria das pessoas tem algum problema com remédios psiquiátricos. Tem medo, acham que eles mudam o comportamento, a maneira de pensar. Nada disso jovens! Pelo menos pra mim, os remédios atuam me deixando sociável e menos triste. Me fazem agir mais como a Andréa que eu sou, do que com a Andréa que toma conta quando estou em crises reais, que pra quem não sabe, várias vezes já me levaram perto da morte.

Outras pessoas pensam que é um claro sinal de fraqueza usar remédios psiquiátricos, e isso me lembra o comportamento da minha mãe, que achava que depressão era uma espécie de fraqueza de caráter. Eu não vejo nada disso como fraqueza, mesmo porque não é sinal de força viver no meio de uma infelicidade tão plena, que a vida diária se transforma numa luta pra permanecer vivo. E acreditem, eu já passei por isso muitas vezes...

Dito isto, e dito que de fato não tenho problemas com os remédios, me vejo então na situação de, com o aval do meu médico, não precisar mais usá-los! \o/

Fiquei feliz com isso, ainda que eu não tenha nada contra usá-los! Saber que sua cabeça tem condições de seguir por conta própria é bem legal... Acho que é a mesma coisa que descobrir que magicamente seu rim voltou a funcionar! \o/

Talvez seja um pouco simbólico, quase como se eu finalmente tivesse deixado todo um passado de desespero pra trás, e tivesse me entendido com o cosmo! Parece exagerado, e talvez seja, mas é assim mesmo que eu vejo. As coisas não vão ficar perfeitas por causa disso. Talvez muito pouco, ou nada, vai mudar. Mas não... Alguma coisa mudou sim! Talvez pra melhor! ^^

14 setembro 2011

13 setembro 2011

Hoje teve lavagem do decantador lá da ETA! Cheguei tarde em casa, e me deu um ataque de arrumação, e fui fuçar e jogar umas coisas fora. Sabe que eu achei meus primeiros impressos da Dion Fortune! \o/
Faz mais de um ano que venho estudando, ainda que meio capotando pelo caminho, mas fico feliz de pelo menos estar tentando... Creio que muitas coisas vão mudar agora. E pensando bem, a um tempo atrás eu falei pro frater Khamus que o que eu precisasse pra seguir um caminho específico que me surgiu, apareceria magicamente, e apareceu mesmo, ontem! \o/
E eu só me toquei hoje quando revirei as coisas e achei meus xerox da Dion e o Domínio da Vida da AMORC.
Eu tenho um pouco de medo as vezes das novidades, mas eu não me culpo por isso. Algumas coisas são muito complexas pra mim. Isso pode ser encarado como fraqueza, talvez, mas acho que é mais como uma característica minha. Eu não posso me jogar pra frente de qualquer jeito, se esse não é o meu jeito. Mas tenho tentado de verdade mais uma vez mudar as coisas, melhorar na medida do possível, ter muita paciência, e seguir em frente com o que eu acredito que seja o melhor pra mim. Não é nada fácil, mesmo!
Bem, independente de qualquer coisa, acho que uma nova luz se acendeu, em um lugar que de fato precisava ser iluminado. Eu deveria reavaliar minhas conexões, e pra onde miro minha dedicação, pois talvez muitas coisas estejam acontecendo de maneira errada. Mas dessa vez, não um errado pro mal, mas um errado mais construtivo, que resgate certas coisas que talvez eu tenha deixado pra trás, e mostre o caminho a seguir.
Independente de qualquer coisa, tento ter mais confiança. Em mim, na minha capacidade, no que eu acredito, e principalmente nas pessoas. Poucas pessoas, é verdade. Mas é difícil heim!!! Não vou nunca poder deixar de admirar as pessoas confiantes nesse mundo! ^^

12 setembro 2011

Hoje foi um dia bem legal pra falar a verdade. Quer dizer, teve seus momentos chatos.
De manhã fui lá no CAPS. Fiz uma espécie de triagem, porque fazia muito tempo que eu não ia lá. Dei de cara com umas pessoas conhecidas, mas fingi que nem conhecia, e fiquei meio no canto lendo. Uma das pessoas que eu vi lá foi o cara que me deu a Dolores! Será que ele tem problemas com alcool ou drogas??? Fiquei curiosa. Ele se casou com uma mina que estudou inglês comigo a muito tempo atrás. O Eloi também tava lá, mas como ele é meio cego, acho que nem me reconheceu. Um cara tentou puxar conversa comigo, mas eu fingi que nem percebi. Detesto as conversas do CAPS. Sou uma versão nóia das conversas de hospital. Sempre drogas, drogas...
Enfim! Acabei me consultando com a Andréia. Ela não me inspira muita segurança pra falar a verdade, mas como eu preciso de uma psicóloga, e ela é o que tem, então tudo bem. Sempre tenho que falar sobre minha fobia social, o desgosto que é conversar com as pessoas e tals, e como sempre, ela me disse que eu preciso começar a criar vínculos com as pessoas. Muito chato...
Marquei consulta com ela e com o psiquiatra, e pelo menos isso já está encaminhado.
Fui resolver meus problemas na prefeitura, depois fui no banco... Fiz várias coisas. Almocei com a Dalila. Comprei esmalte e perfume! \o/
Esse post foi bem sem graça... ¬¬

08 setembro 2011

Poxa... Me sinto tão mal e doente. Tô com calafrios. Será que estou com febre? =[
Eu não vou desanimar por causa disso!!! Não vou desanimar!!! Vou fazer tudo direitinho, lançar meu círculinho azul, e fazer tudo o que eu tenho que fazer! \o/

Ontem conversei um pouco com a Márcia, a noite, e falei sobre as novidades do hospital, e psicólogos e blá, blá, blá, que ela ainda não tava sabendo. Depois falamos sobre solidão, ser sozinho, essas coisas.

Ser sozinho é muito pessoal, pra começar, mas na verdade, ser sozinho mesmo, significa não ter ninguém. Mil pessoas entram aqui nesse espaço, lêem o que eu escrevo, e depois de uma maneira ou de outra me procuram pra falar que sim, me entendem bem, eles também estão sozinhos no mundo.

Mas epa! Perai! Essas pessoas me dizem isso trancadas no quarto, tendo a mãe, o pai, a tia, o marido, a esposa, o irmão, do lado de fora, passando a porta, ao alcance de um grito, ou da mão! Isso não é ser sozinho!!! É muito fácil chegar e falar que não tem ninguém, que ninguém te entende quando se tem todo mundo a volta. Nesse caso é legal ser só! Quando a água bate na bunda, e o desespero se aloja, é só correr pra sala, pro quarto ao lado, voltar pra casa da mãe, abraçar o filho, o marido, o irmão, a companheira, ou sei lá quem, que está logo ali!

Porra! Isso é ter alguém! É poder correr e pedir ajuda, ou pelo menos um ombro quando se está totalmente na merda! Isso é ter alguém! É poder sentir vontade de chorar, e até se trancar no banheiro pra fazer isso, porque se chorar do lado de fora, alguém vai se virar e perguntar o que está acontecendo! Isso é ter alguém!!!

Ter uma mãe que se preocupa se você trabalha, usa drogas, faz merda! Caralho!!! Isso, definitivamente é ter alguém!!! Que parte de ser sozinho essas pessoas não entenderam????

Não entendo porque as pessoas vivem insistindo em se auto proclamarem "solitários"! Sozinhos no mundo!!! Porra, eu invejo a família dos outros, e nego nem dá valor!!! Isso é ser sozinho meus queridos!!! Ter tanta carência de uma mãe, a ponto de querer que a minha mãe psicótica volte pra me assombrar!!!! Enquanto nego fica ai reclamando dessa suposta 'solidão acompanhada', nem imagina como seria se amanhã você caisse duro na rua, ou qualquer outra merda, não ter ninguém que corra atrás, que se preocupe!!! Isso é solidão!!

Eu sempre fui a pessoa mais sozinha do mundo. A que se escondia no quarto, a que brincava sozinha no canto... Mas eu não era sozinha... Hoje sim, eu sei direitinho que se eu não tomar muito cuidado em cada segundo da minha vida, tudo pode dar errado, porque simplesmente não tem ninguem que vá, quase com obrigatoriedade, se responsabilizar por mim.

Falando assim, pode parecer que eu não superei bem essa idéia de solidão, mas na verdade estou bem acostumada a isso, embora seja dolorido ainda, as vezes. Mas eu juro, eu vou xingar o proximo filho da puta fresco que vier fazer draminha de solitário no mundo, quando ainda é sustentado pela mãe e pelo pai! Caralho, isso as vezes me dá ódio! E é um saco ter que aturar esses dramas sem sentido dos meus "companheiros em solidão"!!

Eu só gosto dos meus dramas! Eu só aturo os meus dramas! Eu só tenho paciência pros meus dramas!

Esse lugar aqui é pra eu falar o que eu penso! Geralmente sobre mim mesma, ou sobre qualquer coisa que eu queira, ou o que me der na telha! EU NÃO TÔ QUERENDO CONSELHOS!! Não leiam isso aqui e corram pra vir me falar COMO EU DEVO VIVER A MINHA VIDA!!!! Eu cago e ando pra opinião de 99,9% das pessoas e portanto, guardem sua opinião pra vocês mesmos, no caso de lerem isso e acharem que me "compreendem" porque vocês são iguais a mim!!

Ah, eu não estou falando isso pra nenhum dos frateres que ocasionalmente lêem esse blog heim!!! Não é nenhum recado ou algo do tipo, por favor!!! ;-]

HEHEHE Esses estão dentro dos 0,01% que eu prazerozamente permito e tenho muito gosto que me aconselhem e opinem. Me dêem idéias e opiniões, e ocasionalmente até mesmo me ajudem a desatar o nó confuso que são os meus pensamentos...

As vezes eu sei que pode parecer que eu entrego minha valiosa amizade pra qualquer pessoa que bate a minha porta, mas isso não é verdadeiro. Eu sou muito seletiva com as pessoas, e minha seleção é feita sem qualquer justiça. Eu analizo, julgo, dou o veredito, mesmo sem provas. E quando me dá na telha simplesmente viro as costas pras pessoas mais legais do mundo, aquelas que ajudam animais e criancinhas, que são boas de natureza e estão 90 passos à minha frente na escala evolutiva, só porque eu quero.

Todas as pessoas para quem eu dou a liberdade de opinarem na minha vida, são escolhidas a dedo, por uma ou outra característica. Tá, eu sei, eu sou uma escrota. E, eu vou continuar sendo o tempo que eu bem entender... E essas poucas pessoas aguentam minha escrotisse, pelo menos por enquanto, talvez porque elas consigam ver além dessa confusão toda que está na frente de tudo, e em toda a minha volta.

Terminando o assunto, ontem minha irmã, para me provar que eu não estou sozinha nesse mundão velho e sem porteiras, abriu sua cam pra mim e pude ver toda a movimentação de sua pequena e feliz casa, com meus sobrinhos passando pra lá e pra cá, e foi bem legal.

Ser sozinha pode ser tão bom quanto estar acompanhada as vezes. E ter minha irmã, ainda que longe, ainda me dá uma certa segurança... ^^

07 setembro 2011

Basicamente, todo mundo no mundo quer uma coisa só. Ser feliz. Não importa que esse seja um desejo utópico, porque é impossível alcançar a felicidade plena. Existem bons momentos. Momentos felizes, sim, claro. Mas sejamos sinceros. Quando vivemos aqueles gloriosos momentos de felicidade, sabemos que em breve tudo vai acabar, e de volta virão os momentos chatos, os tristes, e aqueles tristes de verdade mesmo. Os de doer, sabe como é?
Entretanto, a algum tempo atrás, eu estava conversando com alguem, e talvez fosse a Claúdia, e estávamos falando sobre esse mito da felicidade obrigatória. Até o Jabour já escreveu sobre isso. Tristeza e fracasso aparecem lado a lado na cabeça das pessoas, talvez. É inaceitável não ser feliz. Se ter sucesso é alcançar a felicidade, então é culturamente vergonhoso aceitar que podemos ser, de fato, pessoas tristes.
O ser humano é feito de várias emoções, todas elas sim, igualmente importantes. A tristeza é uma delas. Se cada pessoa é diferente da outra, e vemos pessoas que claramente aparentam felicidade, é natural que outra simplesmente sejam tristes.
Existe uma pressão horrorosa pra se alcançar a felicidade. É ofensivo não crer que se pode ser feliz. Tanta pressão, tanto stress pra se alcançar uma coisa que na minha opinião não existe de verdade, claro, causa muita infelicidade!
O ódio é uma emoção humana, mas ninguem odeia o tempo todo. Mas temos que ser felizes o tempo todo. É ou não é um ideal pequeno burguês acreditar que a humanidade segue à caminho da felicidade suprema, quando existe tal desigualdade no mundo? Parece até ridiculo dizer isso, mas é verdade. Quando é que dá pra ser feliz, sabendo que tem uma legião de cãezinhos Burne por ai, nas garras da turba? O mundo não é legal. E também não é feliz! Mas tudo bem, porque não é obrigação nenhuma ser feliz!!! A gente não está aqui pra isso, né?
A sociedade tem sempre as mesmas formulas meio falidas pra se alcançar a felicidade, que só dão certo pra uns e outros, mas que todos insistem em tentar repetir. Casamento, filhos! Mais e mais gente se juntando na tentativa de nunca deixar de povoar o mundo que já está estourando de tão cheio, e as pessoas não param nunca!!!! Correndo atrás dessa obrigação absurda de ser feliz ou morrer tentando! Não! Esse não é mais o caminho!! Agora a gente tem que fazer tudo diferente...
A felicidade não está em se entregar ao outro, não é uma coisa pra ser achada na normalidade social!! Ela pode ser achada lá também, mas ela pode estar em qualquer outro lugar, ou simplesmente, não estar em lugar nenhum, e ninguem vai ser menor ou inferior por causa disso!!! É só desse jeito que a gente é. Todos nós! Cada um!
A coisa mais estranha, acho eu, é que todos buscam sempre nos mesmos lugares. Todos são iguais. Seguindo os desejos, e as convenções de gerações e gerações atrás... rs Todos!! É tão complexo o que não segue esse modelo, que não pode ser aceito, precisa ser negado, mesmo pelos que tentam também não seguir o modelo. Deu pra entender isso???
As vezes eu preciso trocar umas ideias com o Aderson só pra saber que tem alguem que entende tudo isso que eu falei. Isso tudo porque ele é o único cara de fato feliz do qual eu já ouvi falar! hahaha \o/


"À força de prometer a felicidade para todos, o liberalismo de mercado acaba por criar falsas esperanças e um ambiente de insatisfação colectiva. O mito igualitário da felicidade obrigatória une-se aqui com o do progresso indefinido do nível de vida individual, independentemente da prosperidade dos circuitos económicos. Paradoxalmente, cada crescimento quantitativo do nível de vida reforça a insatisfação psicológica que seria suposto eliminar, provocando no corpo social uma dependência quase fisiológica a respeito dos desejos económicos, com as múltiplas consequências patológicas que isso acarreta. "A falsa libertação do bem-estar, escreve Pasolini, criou uma situação tão ou mais louca que a dos tempos de pobreza". Guillaume Faye

"Hoje, a felicidade é uma obrigação de mercado. Ser deprimido não é mais "comercial". A infelicidade de hoje é dissimulada pela alegria obrigatória. É impossível ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível ser sexy como nos comerciais de cerveja. Esta "felicidade" infantil da mídia se dá num mundo cheio de tragédias sem solução, como uma "disneylândia" cercada de homens-bomba. A felicidade hoje é "não" ver. Felicidade é uma lista de negações. Não ter câncer, não ler jornal, não sofrer pelas desgraças, não olhar os meninos malabaristas no sinal, não ter coração. O mundo está tão sujo e terrível que a proposta que se esconde sob a ideia de felicidade é ser um clone de si mesmo, um androide sem sentimentos." Arnaldo Jabor

Nossa, perdi a noção. Preciso sentar minha bunda numa cadeira e colocar todas as coisas em ordem! Tem umas horas que são assim né. Parece que tá tudo bem e tudo desanda. Agora tenho que organizar as coisas... Ô saco!

05 setembro 2011


Eu nem cheguei a falar que ganhei de presente um tarô novo na semana passada. O Frater Khamus me enviou. Foi muito legal receber um presente! Eu nunca ganho presente!!! As vezes é muito legal! \o/
Meu novo tarô é um tarô carbônico! Bem bonito mesmo, com poucas cores! Hoje sentada no hospital li metade do livrinho que veio com ele! Parece bem diferente em relação ao de Marselha, por exemplo, que é o que eu costumo usar! As pessoas costumam pensar que todos os baralhos de tarô são iguais, mas vemos desse jeito que não são.
Quanto mais eu leio coisas menos eu sei, não é engraçado? rs Talvez nem tanto... Minha cabeça tá entrando em colapso, eu acho, e vou ficando meio de má vontade com as coisas que eu simplesmente não consigo aprender. Que nem física. Não adianta. Eu não entendo e pronto! Por que tenho que sofrer tentando aprender algo que minha cabeça se recusa a absorver?
Hoje eu fui no hospital enfrentar a psicóloga nova. Como sempre muito cansativo e chato... Essa rotina já encheu meu saco, mas como estou passando por uma fase de tentar fazer o meu melhor, fui lá e contei tudo pra ela! Bem! O que eu ganhei com isso? De volta ao psiquiatra... Ela quer remédios pra ansiedade e talvez algo que possa me ajudar a controlar minha fobia social, que calculo eu que seja uma maneira diferente da ansiedade se alojar na minha cabeça. Ela falou bastante sobre medo, pensamentos, blá, blá, blá... O de sempre mesmo... Essa semana já marco o psiquiatra e retorno pros tratamentos, eu acho... Quem liga não?


Nothing Else Matters
Metallica

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they say
Never cared for games they play
I never cared for what they do
I never cared for what they know
And I know

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters



29 agosto 2011

Ontem bem na hora em que passei mal, conversei com a minha irmã pra ela me acalmar e tal. Ela perguntou o que eu tava fazendo pra sentir essas coisas todas, e disse pra ela que tava bem, comendo bem, de bom humor, tava até me sentindo felizinha. Ela me falou que era isso. Eu de bom humor e feliz, não tinha como passar bem mesmo! E ainda falou que além do mais isso acaba com a minha reputação... Não sei se isso foi elogio... ¬¬
Se não fosse a necessidade que tenho de ir pro hospital, eu não apareceria nem na porta. Não só eu né. Ninguem. Mas no meu caso o hospital me oferece pelo menos duas coisas que eu detesto: gente e gente falando.
Eu não gosto mesmo de gente por perto, respirando perto de mim. É um saco! Todo mundo pensa que eu tenho medo de bactérias e tal. Meu, eu durmo com cães na mesma cama que eu! Porque eu teria medo de bactérias em pessoas? Eu não tenho medo de adoecer, ou algo assim. Eu não gosto que elas encostem em mim porque acho o contato asqueroso! Não tem nada a ver com doenças. Tem a ver com algo que eu não gosto.
Ai, quando já pensava que não poderia piorar, as pessoas começam a falar. Papo de hospital é uma merda. É sempre doença, desgraça, morte, danação, insensatez, loucura, dor, deformidade... Pô, mas não dá pra dar um tempo não? Ou pelo menos tentar entender que quem está alí do seu lado na verdade caga e anda pras suas doenças, porque já tem o suficiente com o que se preocupar?
Ainda bem que existe o fone de ouvido!!! Eu já disse antes que tenho perdido minha audição por causa do fone? Pois é! Tô perdendo mesmo, por causa do fone e do volume 31 do mp4! Mas meu, não importa. De verdade. O prazer de se estar separado domundo, pelo menos em um dos sentidos, sem ouvir barulho, trânsito, gente! É foda! Quem será o herói que criou essa revolução tecnológica? Deveria ser feriado no aniversário desse lindo!

Olha o que eu achei! ^^
"Eles surgiram em 1919 e eram utilizados como amplificadores de rádio e telefone. Como todo aparato tecnológico, os fones de ouvido foram passando por modificações, melhoras, até chegar na década de 1930 e a Beyerdynamic criar o aparelho que conhecemos hoje. O primeiro fone de ouvido estéreo surgiu no final dos anos 50, inventado pelo artista do jazz John C. Koss. Antes de virarem febre nos walkmans, esses fones foram muito utilizados por pilotos e nas estações de rádio."

Porra... Tô num mal humor! ><