26 outubro 2010

Alguém por um acaso entende alguma coisa sobre Universo em Desencanto??? Tive contato com um de seus... dira eu 'adeptos' por esses dias, na figura de um grande amigo de uns sei la qtos anos atras! rs Funny!
Eu não tenho que ler os livros, claro, mas acho que deveria. Porque eu deveria ver um pouco de tudo! Todo mundo deveria! Mas eu não sei. As coisas são muito estranhas.
Tô ligeiramente doente, eu acho. Ou talvez não. Tenho me sentido bem mal nos ultimos dias. A viagem me detonou completamente. Isso é muito duro, e dificil das pessoas entenderem. Tipo: Porque ela não viaja afinal de contas? Porque ela não vem aqui?
As respostas são muitas, mas as principais são: Eu não gosto de me deslocar. Eu não gosto de manter contato com as pessoas. Eu fico ultra estressada. Eu fico doente. Tem mais algumas coisas, mas eu creio que ofenderia alguem se eu falasse. É foda, mas a vida parece perfeita pra cada um que cria sua própria rotina, e cabe nela perfeitamente. Mas ter que me infiltrar na realidade alheia... Nossa! Que caos!! Faz um caos na minha vida, e na minha percepção!
Voltando ao assunto anterior, que era a minha saúde, de fato me sinto bem doente. Desde a hora em que acordo até a hora de dormir. Hoje foi um dia excepcional porque eu me senti bem a maior parte do dia, e com muito poucas dores. Depois que eu parei de usar drogas, e abandonei a pedra, minha saúde foi ficando cada vez pior. Ou talvez ela já estivesse bem ruim, mas eu simplesmente não sabia disso. Sem a quimica pra me segurar foi que eu percebi...
Whatever...
Vou vivendo né. Sobrevivi. Isso já é uma grande coisa.
Ah! Falando nisso, comprei um livro chamado Heroina e Rock'n Roll, ou sei lá. Algo do tipo. Fala sobre uma parte da vida do Nikki Sixx em que ele luta contra o vício da cocaina, crack e heroina.
Eu era louca pra usar heroina! Louca louca!! Parecia a coisa mais legal pra ser feita no mundo, mas eu não consegui achar no Rio! Completa incompetencia a minha, porque com certeza tinha, mas eu não consegui. Talvez tenha sido a providência divina. Eu realmente não precisava de mais problemas. Dizem que a única droga que bate a pedra em intensidade de vício é a heroína. É a abstinência mais foda também.
É... Eu não precisava mesmo disso...
Largar o vício foi a coisa mais dolorosa e solitária que eu já fiz na vida, e com certeza deve ser assim pra todo mundo. É uma luta foda, e por mais que você supere, e volte, e deixe tudo pra trás, você simplesmente não pode voltar a ser o que era. Sua cabeça muda pra sempre, e não, não é pra melhor. É uma cicatriz e uma sequela que nunca vai embora.
Então eu deveria comemorar eu acho... Mas não me sinto muito feliz. Por um acaso fuçando e excluindo e-mails velhos achei as fotos do Ravel. As ultimas fotos do Ravel que alguem poderia tirar... O Ravel morto era outra pessoa, muito diferente do Ravel vivo. Tão diferente que não poderia ser o mesmo, e no entanto era ele, e estava lá! Eu me lembro do meu desespero quando fui parar no hospital e imagino o desespero dele sozinho lá. E é tão bizarro como o corpo parece que simplesmente se cansa. Simplesmente quer explodir e parar. Anos e anos de mals tratos, e aquele momento da overdose é como um divórcio muito muito doloroso... Como se o nosso corpo decidisse ir embora e abandonar a mente que faz isso com ele. O corpo desiste de uma coisa que a mente também não pode mais suportar... É um grande cansasso. Uma infelicidade cansativa. E nunca nunca deixa de ser uma prisão. O vicio nunca deixou de ser a minha prisão.



Nenhum comentário: