31 julho 2006

INSÔNIA

Viver me é quase insuportável
Os olhos em cãibras insônia
O sono espreita o sonhar pesadelos
As unhas amoladas
Em centelhas de esmeril
Ponta de faca estrela
A capturar cometas borboletas
E acender fogueiras dos corpos
Vinho das perversões em labaredas.
Marx não mais me habita
Tumor no estomago liberal
E a dor que sinto
Supera carne vaza alma
Continente sem fim do pensamento.
Mas sou senhor senhorita
Moleque bailarina
E desenho na terra batida
O simples e pequeno
Movimentos e gestos

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