30 julho 2011

Well, a Amy morreu... Todo mundo sabia disso né? Ela ia morrer mesmo! Tava na cara, no corpo, nos braços e pernas magrelas... Tava estampado em todo canto que ela não ia se safar.
A Amy tinha vários grandes problemas, eu acho. O principal era a doença. Sempre vai ter um idiota falando do quanto os viciados são idiotas e descontrolados, e blá, blá, blá. Bem, esses idiotas estão certos. A Grande maioria dos viciados são mesmo, bem idiotas e muito descontrolados. Mas não é só isso. Eles são doentes. Doentes, compulsivos, problemáticos, tristes. Isso não é desculpa, claro. Mas quem se importa em dar desculpas? Foda-se quem não entende! É foda, e é muito pessoal. Por isso mesmo que não adianta alguém querer, obrigar, ou implorar pra um viciado parar. É totalmente por conta do doente, mas o problema, é que o viciado demora muito pra perceber sua doença.
A Amy estava muito doente! Eu fico pensando aonde é que as pessoas que acompanhavam ela estavam com a cabeça que não perceberam que ela não deveria estar viajando pelo mundo pra se apresentar, porque nem condições de se apresentar ela tinha. É fácil perceber o último estágio de um viciado quando se conhece. Ela não tinha mais condições. Era se recolher pra se tratar, ou pra morrer, mas não ficar enfiada numa vida de astro pop, coisa com a qual ela claramente não podia lidar, assim como não podia lidar com a vida e o vício.
Eu não sinto pena. É chocante, claro, mas percebo ao olhar para ela, o quanto eu, e algumas pessoas tiveram não exatamente sorte, mas oportunidades e vontade de largar tudo isso, e deixar pra trás. Tentar seguir em frente.
Eu não vou sentir falta da Amy, nem acho que o mundo perdeu uma graaande coisa! Ela não tinha mais condição de continuar a carreira, e se não fosse assim, seria com mais humilhação ainda do que ela já tinha passado nos ultimos tempos, o final de sua vida.
Eu não gosto dos viciados. Nunca gostei, nem mesmo quando eu era uma. Viciados nunca, NUNCA, são de confiança. Viciados podem estar a anos sem usar drogas, e ainda assim continuarão viciados. Eu não quero contato com eles, e gostaria que a maioria sumisse da minha vida, excetuando um ou outro por quem tenho muito apreço. O resto, por fazor, desapareça! Eu já tive muito trabalho de lidar com o meu vício, pra ter paciência pra lidar com o dos outros! É o cúmulo da cara de pau algumas pessoas realmente acharem que eu tenho obrigação de ser legal com elas, como se eu tivesse que compreender a compulsão que outras pessoas tem por drogas! Eu nem entendo a minha!!

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